quarta-feira, 4 de julho de 2012

Blog entrevista Fabiano Cambota, vocalista do Pedra Letícia




O Blog bate um papo com Fabiano Cambota, vocalista da banda Pedra Letícia, que se apresentará sábado no General. 



Além da carreira musical, Fabiano é humorista e percorre o país fazendo Stand-Ups.

Acompanhe o bate-papo


- Fala Fabiano, tudo bem? Como foi começar tocando rock irreverente no estado das duplas sertanejas brasileiras?

Talvez tenha sido mais fácil do que parece. Goiânia tem um cenário musical bastante variado e o rock tem seu espaço garantido. O problema está com o fato de só exportar a música sertaneja. O resto do país fica com a impressão de que só se canta em dupla por lá. O fato de fazermos uma música alegre também ajudou. Nos nossos primeiros shows em bares em Goiânia, apareciam pessoas de todas as tribos, rock, dance, sertanejo, mauricinho, hippie. Era uma comunhão. Aliás, ainda é, por onde a gente passa. 



- Porque o nome Pedra Letícia?

Eu poderia lhe dar um milhão de explicações. Eu poderia enrolar, enrolar e não dizer ao certo. Porque a verdade mesmo é que não há um significado. A gente deixa pras pessoas bolarem seus próprios motivos. É mais legal até.

- Como foi a formação da banda em relação aos integrantes? Começou contigo?

Sim. A banda começou de uma brincadeira despretensiosa. O Thiago (percussão) está comigo desde o começo e depois fomos agregando pessoas, a medida que a banda crescia. O mais importante é chamar amigos. Claro que tocam muito bem, mas acima de tudo é uma excursão de marmanjos fazendo um som.

- Quais são suas influências no que diz respeito a arranjo e letra. Como pintou a verve para o humor.

Não foi nada muito pensado. Eu já escrevia crônicas bem humoradas e foi natural que eu passasse isso pras músicas que estava começando a escrever. A banda tinha uma intenção mais ácida, mais crítica. Acontece que nosso jeito de criticar foi arrancando risadas, de uma forma leve, sem ser boba. Eu acho que pras letras fica mto claro tudo o que li e escutei na vida. O bom humor inerente às bandas dos anos 80, como Ultraje, Dr. Silvana. Um cinismo bem humorado que vem dos Beatles, do Legião. E até uma dose de descaramento popular, que se parece um pouco com Luis Gonzaga. Os arranjos tem participação de todos da banda, cada um trazendo sua influência.



- Como você vê a cena musical atual ? E o rock independente do Brasil (aliás a cena independente no centro-oeste é bem forte né)

Acho, por vezes, contraditória. O Rock não anda bem das pernas. Anda se repetindo demais, mal organizado. Mas a culpa é de quem faz rock mesmo. O rock, que outrora era divertido, ficou chato, previsível e mal humorado. E dentro do cenário do rock, parece que ficou feio fazer sucesso. O fã do rock tem um tesão especial em dizer que só ele conhece a banda. Se a banda se destaca, ele diz que ela se vendeu. Um ideal idiota de quem não soube que os grandes ícones do rock se fizeram nas rádios e não no quintal da casa dele. E arrisco a dizer que estamos numa entressafra de inspiração rockeira. Acho, de verdade, que falta organização pra que boas bandas surjam e ideias aconteçam.

- Que história é essa de dançarino safado na Itália? Ahaha

Eu morei na Itália e minha vida lá era bem complicada. Fui pedreiro, garçom, barman. E na dificuldade me arrisquei um passos de dança pra tirar uma grana. Uma enrolação só. Precisava da grana. Mas não era nada de safado não. Era uma baladinha bem legal. Eu deixei todo mundo preocupado quando disse que estava trampando de dançarino, mas de roupa!! kkk



- Como surgiu o convite para a apresentação em programas de TV como Programa do Jô, Turma do Didi, etc..

 Acredito que a banda seja sempre uma boa pauta pra TV, pra rádio. A gente pode não ser uma banda espetacular, mas somos bons de prosa. Rs




- Os shows de Stand-Up pintaram como e quando? 

 Assim que me mudei pra SP, o Rogério Morgado, que é um excelente humorista, me convidou pra tentar fazer stand up. Achei meio estranho, mas topei tentar. Já se vão mais de dois anos e ainda to tentando rs . Dei muita sorte de estar no meio de grandes humoristas e ir aprendendo. Inclusive pra esse cd eu apelei pra ajuda de alguns humoristas nas letras. O Gus Fernandes e o Danilo Gentili foram parceiros.



- Como surgiu a parceria com o humorista Danilo Gentilli.

Ele tinha uma pseudo banda com o Rogério Morgado. Me chamaram pra fazer um show com eles e me mandaram algumas músicas. Entre elas tinha um esboço de Ela Traiu o Rock n Roll. Não chegava a ser uma música kkkk. Dei uns tapas e aproveitei a ideia original do Danilo que era muito boa.

- Quais projetos futuros  para a carreira de humorista e do Pedra.



Estamos com vários projetos. Tenho um show de humor ao lado do Rogério Vilela (Mundo Canibal) e do Gus Fernandes que se chama Grande Elenco. E a banda está preparando já um trabalho infantil. Não é nem um trabalho voltado exclusivamente pra crianças, mas é um sonho da banda ter um trabalho com essa temática. Músicas do universo infantil, sem serem educativas ou politicamente corretas. Criança é inteligente, merece respeito.

- O que Jaú pode esperar do show de sábado. Grande abraço

Estamos voltando a Jaú depois de um tempão. Show novo, disco novo. Cada show pra gente tem um significado especial. Respeitamos cada pessoas que se interessa em nos assistir. A gente quer que sejam as duas horas mais divertidas da vida da pessoa. A gente se diverte muito no palco, e esperamos que todos se divirtam conosco. Cantando, pulando e dando risada. É rock! E é divertido!


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