segunda-feira, 21 de maio de 2012

Um mês na Europa - Espanha



Um mês na Europa 
por Paulo Soares e Bruna Lariane

Última parada - Espanha

08 de março – Madrid



Ah, Madrid. Assim como na Itália, na Espanha encontramos um povo receptivo, parecido com a gente. Está certo, o espanhol às vezes é um pouco rude, emburrado, mas nada demais.  No geral, posso dizer que foi uma cidade que nos surpreendeu, porque apesar de não ter grandes pontos turísticos, conhecidos mundialmente, possui um estilo de vida muito próprio e encantador. Chegamos a Madrid no dia 08 de maço, à noite. O aeroporto de Barajas é imenso – para ir de uma plataforma a outra existem até mesmo metrôs e ônibus internos.  Assim como o de Roma, ele também fica retirado da cidade, mas você pode chegar aos principais pontos de Madrid com o metrô (eficiente, limpo e simples, como em Londres). 

Ficamos hospedados no Hostel Las Musas, que fica bem perto da estação Tirso de Molina do metrô. A rua do hostel é meio estranha, mas ele fica em uma região muito boa. Ao redor, estão algumas das principais atrações de Madrid. Em cinco minutos caminhando, por exemplo, é possível chegar à Plaza Puerta Del Sol, praça considerada um ponto central da cidade, local de encontro de turistas do mundo todo. O hostel é administrado por argentinos. O preço é bom e também existe um clima interessante. Apenas não achamos tão limpo quanto os hotéis e hosteis que encontramos em outras cidades durante a viagem (o nosso banheiro, por exemplo, não foi limpo nenhuma vez em quatro dias). O mais interessante em Madrid é o costume que o povo tem de ir para as praças. Como muitos tiram um cochilo a tarde, não falta disposição para ficarem acordados a noite. 



As praças são bonitas, agradáveis, cheias de bares e restaurantes, que disponibilizam mesas ao ar livre – é uma delícia sentar nesses locais e tomar uma sangria, bebida típica, feita com Martini, vinho e frutas tropicais. Como já estávamos cansados, há um mês caminhando sem parar, em Madrid aproveitamos para diminuir o ritmo e começar a se preparar pra voltar à realidade. Mesmo assim, passamos por lugares bonitos. Entre eles, o que mais nos impressionou foi o Parque Del Retiro. É um lugar imenso, muito arborizado. Fomos dois dias lá à tarde, mas não conseguimos caminhar por toda a extensão desse parque. Como já estava terminando o inverno, a temperatura acima de 15 graus, no final de semana o gramado do parque estava lotado, com muita gente tomando sol, fazendo piquenique – e alguns casais fazendo algo a mais também. 



Neste local existe um bonito lago, onde é possível alugar um barquinho e passar uma hora remando, curtindo o lugar. É bacana e barato. Custa cerca de 4 Euros. O que chama a atenção é que, tanto nesse parque, quanto nas praças pela cidade, existem muitos artistas de rua. O desemprego está grande no país e, com o grande número de turistas, cada um se vira com o pode para conseguir uns trocados – pelo menos não ficam nos intimidando, como os nóias pelas ruas do Brasil. 

A melhor maneira de conhecer Madrid é a pé. O eixo central não é grande e, em dois dias, dá pra pelo menos passar por todos os pontos, como: Plaza Puerta Del Sol (praça pequena, sem grandes atrativos, mas que reúne muita gente, bem no coração da cidade; interessante que bate sol o dia inteiro nesse ponto); Grand Vía (a principal avenida da cidade, cheia de prédios históricos, completamente reformados, até com um ar de modernidade; aqui estão lojas de grifes e escritórios de grandes empresas); Plaza De España (fica perto de uma das extremidades da Grand Via; é uma praça bonita, com algumas barracas de artesanato e alimentação; melhor mesmo é o monumento que ela possui, dedicado a Dom Quixote).



Bem próximo desse local, fica um parque lindo, onde está o Templo de Dobod (é um templo egípcio, doado ao governo espanhol; acredita-se que ele tenha mais de três mil anos); Palácio Real (não é um Palácio de Versalhes, mas é bem grande e atrai atenção de turistas; nós só passamos na frente, não chegamos a entrar); Plaza Mayor (talvez seja a mais tradicional de Madrid, com muita gastronomia ao redor; vale a pena se informar sobre a praça, que possui séculos de história; aqui nessa região é comum comer a tradicional paella – apesar de saborosa, era um prato meio estranho pra nós, que não estamos acostumados com frutos do mar); Paseo Del Prado (é uma avenida importante, com museus e parques ao redor; vale a pena caminhar pelo canteiro, que é uma verdadeira praça); Caixa Fórum (é um centro cultural de Madrid, com arquitetura moderna; existe um jardim vertical na frente; fica no Paseo Del Prado); o Jardim Botânico também fica nessa região e vale a visita (custa cerca de 5 Euros); Estádio Santiago Bernabeu (é o estádio do Real Madrid; foi revitalizado nos anos 90 e é a casa de um dos times mais tradicionais do mundo; interessante como utilizam o Kaká como garoto-propaganda – a imagem dele está por todos os lados, até mais do que do Cristiano Ronaldo; para visitar o estádio, incluindo arquibancadas, gramado e vestiário, o preço é de 16 Euros). 



A vida noturna, como dissemos, é agitada. Existem muitos bares e baladas legais na região da Plaza Puerta Del Sol (nós fizemos um tour com o pessoal do hostel; pagamos 10 Euros e fomos em três bares e uma danceteria – sim, lá estava tocando Michel Teló e todo mundo cantando junto).

 Importante dizer que em Madrid foi onde encontramos um restaurante mais parecido com os nossos aqui do Brasil, com comida à vontade, estilo self-service. Por 10 Euros, você pode comer à vontade (para quem estava há um mês sofrendo com comida na Europa, isso foi o paraíso!). A principal rede desses restaurantes de chama All U Can Eat. Outra coisa: não se assustem ao entrar em uma lanchonete e ver o pessoal comendo porras. Lá é normal. Porras são massas fritas, parecidas com o nosso churros. Eles costumam jogar um pouco de açúcar em cima e comer com leite achocolatado.  

Enfim, aqui estava chegando ao fim a maior aventura de nossas vidas. O maior investimento pessoal que poderíamos ter feito. Valeu muito à pena!!! Inesquecível!!! Sem dúvida, trouxemos uma bagagem cultural para a vida toda!



Queria agradecer ao Paulinho e a Bruna pelos textos da viagem. A coluna foi muito bem sucedida e é uma dica fantástica para quem quer conhecer o Velho Continente. Valeu Valeu!!

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