Betinho e o Balacobaco, maior público do Santo, toca na casa na última semana de outubro.
No show do Balacobaco você pode ver a tropicália de Gil, Mutantes e Caetano, mpb de Alceu Valença, Zé Ramalho, Djavann Chico Buarque, Pedro Luis e a Parede, o samba-rock de Jorge Benjor, Seu Jorge e Clube do Balanço, pela música nordestina de Zeca Baleiro, Lenine, Dominguinhos e Luis Gonzaga e pelo rock nacional de Cazuza, Barão Vermelho, Los Hermanos, Paralamas, Legião Urbana e Titãs, entre outros.
BETINHO
Roberto Padrenosso Filho toca desde o final da década de 80.
Nestes mais de 20 anos em bandas como Estado de Shock, Cadillac Valvulado e Vambora, Betinho virou referência para muita gente na cidade.
Para se ter uma idéia, fiz Jogo Rápido com quatro músicos da cidade. Três indicaram Beto como músico referencial de Jaú.
Certa vez Beto me contou que no final dos anos 80 começou a tocar na noite com o músico Zé Galinha (já falecido).
Bem antes de ingressar ao Estado de Shock ele estava tendo aula com o mestre Carlão Francisquini, quando Zé Galinha entra na sala do Carlos e vê esse moleque com uma pegada extraodinária e diz:
- Você quer ir fazer um som com a gente em Tatuí. Beto responde:
- Minha mãe não vai deixar. Zé responde:
- Perai que eu vou ligar pra ela. Ligou. Moleque, apronta suas coisas que você vai com a gente.
Na hora marcada, chega Zé Galinha e Norberto Rock ´n Roll para buscar o moleque Beto. Dona Iracema, mãe dele, vira e fala:
- Filho, porque vocês precisam dormir lá. Itapuí é tão pertinho.
- Mãeeee, é Tatuí, não Itapuí.
- Então, você não vai.
Beto conta que ele tava prontinho, com as sacolinhas, o case, tudo pra ir tocar com a galera que fazia virar a música de Jaú. Com muito custo, a Dona Iracema deixou e Betinho tocou várias vezes com o Zé Galinha e o Norba.
Ele sempre diz que foi primordial pra adquirir a pegada de palco. Norberto Rock ´n Roll adotou Betinho como um verdadeiro filho.
Beto tratava Norba como pai. O pai, alías, que tinha acabado de perder acidentalmente.
Depois disso, Betinho não parou mais. No começo dos anos 90 entrou para a Banda Estado de Shock e gravou o disco “Qual o sentido da vida” que tinha como carro-chefe a música Manga Rosa de Rodrigo Murgel. A música fez grande sucesso na cidade e região.
"O disco foi um trabalho muito pessoal que não era pra se tornar um disco, pelo menos naquele momento, mas acabou acontecendo e acabamos gravando músicas como Manga Rosa e Não sou Normal (Dinho Pavanelli), que eram músicas de amigos que eu tocava em churrascos e o pessoal gostava. " explicou Beto em entrevista ao Vejau em 2.002
O disco tinha quase todas as músicas compostas por Betinho.
Beto ficou até 2.000 no Estado de Shock, ano que saiu e montou a banda Cadillac Valvulado juntamente com Norberto Rock ´n Roll. Em 93 foi para o Estado de Shock e saiu junto com o Beto para montar o Cadillac.
A banda começou com o trio e no ano de 2.002 virou quarteto com a presença de Pedro Paulo Serignolli. Até 2.009, a galera se juntava para fazer um som.
Paralelamente as bandas de rock, Betinho sempre tocava fora dos grupos, em barzinhos com outros músicos e outros gêneros musicais como samba, baião, MPB entre outros. Desde o Estado de Shock...
Quem não lembra das apresentações do Beto no Ar Livre, Flamingos, Canalha´s e outros bares.
Daí veio a influência para montar a sua banda atual que começou como Betinho e banda Vambora e a partir de 2.004 ficou só Vambora.
A Vambora é uma das bandas do interior paulista com agenda mais completa. A banda divide shows em casas noturnas em Piracicaba, Rio Claro, Campinas, Avaré, Nova Odessa, Jaú, Ribeirão, Botucatu, festas universitárias em Bauru, Araraquara, Ribeirão Preto e formaturas, casamentos e Sescs.
A banda fez a Virada Cultural Paulista por três anos seguidos, abrrram o Jorge Benjor aqui no Parque do Rio Jahu em 2.010. Fizeram Sescs Catanduva, Bauru, São Carlos, festas universitárias na UNESP, PUC, USC e as casas noturnas tradicionais.
A Vambora vem com material praticamente pronto para o primeiro cd. Além das músicas do single lançado em 2.005 (Trabalho, Dinheiro Amor, Só e Manga Rosa) a banda traz outras composições próprias, além de sons de músicos da cidade como Paulo Pin, Dudu Galvão, Isaltino e Cecéu.
De 2.009 a 2.011 Betinho foi diretor musical da Secretaria de Cultura.
Dá-lhe Robertinho!!
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