E ai amigos, tudo bem?
Estamos nos preparando para passar
o Carnaval 2.013 em Goiás. Juntamente com a família de Ibraim Matar. No roteiro,
Pires do Rio – Ipameri - Goiânia – Caldas Novas.
No final das contas e tendo em
vista que vivo da balada, o Carnaval virou uma hora para poder fugir um pouco
do agito noturno. Cervejinha, churrasquinho mas sem agito de balada.
Lembro-me tão bem dos carnavais
no Centro da cidade na década de 80. Morava na Rua Santo Antonio, um quarteirão
atrás do Forum. Morei por 20 anos lá, de 1.979 até o ano 2.000. Hoje é uma casa
de repouso do Hospital Amaral Carvalho.
De lá, partia a pé para a esquina
da Rua Major Prado com a Rua Amaral Gurgel, mais precisamente no Bar do Vinício
com a minha bisnaga de água na mão preparada para a “guerra” com os amigos.
Além dos Blocos que por lá
percorriam, aquela esquina era muito marcante para mim. Como sou filho de pais
separados, o Carnaval no Centro era o momento em que minhas duas famílias se encontravam,
os sobrinhos da minha mãe da parte de Gomes dos Reis e de Amaral Carvalho e os
primos do meu pai da parte da família Galvão. Para mim que sempre ficava ou com
uma ou com outra família, no Carnaval no Centro era o momento em que as
famílias ficavam juntas.
O Carnaval no Centro juntava
todas as famílias, os amigos de escola, os primos de fora. Um grande encontro anual.
Aí nos anos 90, a onda era o
Carnaval do Caiçara.
Depois do centro, clube !!
Poucas pessoas viajavam, elas
voltavam para Jaú. Era tradicional o pré-carnaval do Jahu Clube Campo e muita
gente nas quatro noites e duas matinês do Caiçara Clube. Além do Caiçara,
Palmeirinhas tinha quatro noites e o Aero virava um furduncio.
O tempo foi passando, o Carnaval
no centro acabou, os bailes no Clube foram se esvaziando. Os blocos
praticamente foram se extinguindo, os desfiles foram para Dr. Quinzinho e tomaram uma conotação de
carnaval do Rio de Janeiro.
E mais pra frente os desfiles
acabaram e o carnaval virou um baile de axé dentro do Kartódromo. Era a idéia de
confinamento dos dirigentes culturais dentro de um recinto.
Em 2.009 aceitei o desafio junto com André Galvão de
voltar o Carnaval para o Centro de Jaú. Por dois anos fizemos os desfiles por
lá. No desfile de blocos, uma verdadeira festa
democrática. Bairros como Jd Maria Luiza IV (Império do Maria Luiza),
Corredores do Samba do Padre Augusto Sani, a Unidos Vila XV, Santo
Antonio com o Corinthinha, o Bloco do Cila Bauab, Distrito de Potunduva Jardim
América com a Amukenguê, grupos culturais como Epifania e Circênico e várias
comunidades no Patrimônio do Brasil.
O Bloco do Centro vinha com
integrantes dos blocos de clubes como Estudiantes, Caiçara, Jahu
Clube e do próprio centro da cidade dos anos 70 e 80. E a
Bocada fazia com que universitários que moram fora ficassem e passassem o
Carnaval na cidade de novo.
Os desfiles eram totalmente familiares.
Lembro-me que no ano de 2.010, a equipe
estava elaborando um convênio de oficinas que permeariam mais de 30 bairros na
cidade. Dentre essas oficinas, era de percussão na Vila XV, de construção de
instrumentos, figurino de Carnaval entre outros. A própria sociedade se
preparando para produzir seu carnaval sem precisar recorrer a profissionais e
fora. Mas infelizmente a Secretaria de Finanças não permitiu a celebração.
Neste ano, o atual prefeito Rafael
Agostini infelizmente ficou sem poder fazer o Carnaval pela herança financeira
deixada pelo antecessor.
Torço muito para que a atual
administração, representado na área por Hamilton Chaves, retome as festividades do Carnaval.
A Cultura tem que ser tratada como ela
deve ser, pois tem o mesmo poder de transformação da sociedade tal qual o Esporte
e a Educação.
E o Carnaval nada mais do que é a maior
manifestação cultural do país.
Esse vídeo o nosso amigo Rafael Maia, fez para o Carnaval de
2.009, onde fizemos uma exposição de fotos na Galeria Henrique Pacheco !!
O filme no começo é uma loucura e as fotos históricas !!! Grande Rafa Maia !!
Entre hoje e amanhã farei um
roteiro do Carnaval da cidade neste ano de 2.013
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