quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

JOÃO KURK – DE ISLANDERS – TERRENO BALDIO – MR. KURK


Hoje no blog, matéria sobre o músico João Kurk. Todo o histórico dele, desde Islanders, Terreno Baldio, Rock Memory, Rockover, Rockstock e agora Mr. Kurk

Acompanhe: 

               JOÃO KURK – DE ISLANDERS – TERRENO BALDIO – MR. KURK



           "O pessoal que curte rock em Jaú é bem maior que das outras cidades. Melhor que isso, entendem de rock. Posso perceber nitidamente a diferença da reação do público quando tocamos um rock “lado B” em outras cidades em comparação à Jaú. “ (João Kurk)

Sábado no General a estréia da banda MR. KURK



A nova banda do João Kurk vem com Douglas Coronel nos teclados, Ed Carvalho no contrabaixo, Jorge Anielo na bateria e Henrique Lima nas guitarras (Henrique Lima foi vocalista do Virgulóides, banda de rock cômico dos anos 90 de grande sucesso que estorou com a música Bagulho no Bumba. Este  cd da banda Virgulóides vendeu 200 mil cópias).




O Mr. Kurk traz o melhor do rock internacional com perfeição inigualável. O compromisso com os arranjos originais e a alegria do rock ´n roll são levados ao palco.

O repertório mescla clássicos dos anos 50, 60, 70, 80 e 90 com músicas do Jethro Tull, Midnight Oil, Janis Joplin, Deep Purple, The  Mamas and The Papas, Queen, Aerosmith, Simple Minds, Rush Jerry Lee Lewis, Paul Mccartney, Beatles, Credence, Monkees, Led Zeppelin, Doors, Bad Company, Dire Straits, entre outros.

João Kurk fala sobre a nova banda

           Como foi a concepção da escolha do nome da banda?

Bom, esse nome foi escolhido pelo Douglas (Douglas Coronel). Eu achei pretensioso demais, mas ele me convenceu. rsrsr. O nome já estaria associado à minha imagem e ficaria mais fácil do que começar com um novo nome de banda.


          Como foi a formação e escolha dos integrantes?
 O Douglas já conhecia o Ed Carvalho e o Jorge Anielo. Eu já conhecia o Henrique         Lima        desde o Rockover, de onde ele saiu para fazer "Os Virgulóides". Não foi tão complicado.

Como está sendo a repercussão da banda neste início? Como está a agenda?
Acho que estamos enganando o pessoal direitinho. Eles estão adorando....
rsrsrsrsrrssr. Nossa agenda está completa. Nos mesmos moldes de quando estávamos no Rockstock.

O que Jaú pode esperar da estréia da banda no palco do General?
Como a banda ainda não tem 2 meses de vida, ainda estamos arredondando tudo. O repertório está um pouco diferente, exceto as músicas que eu e o Douglas já cantávamos anteriormente.



KURKLÂNDIA


          João Kurk nasceu na nossa região, em Agudos, no dia 26 de maio de 1.950.

       Aos 14 anos, despertou sua paixão pela música ao ouvir Beatles. Depois veio Animals, Stones e       Stepenwolf.

          Em 1.966 formou o The Islanders e a primeira formação foi com o pessoal da escola. 

The Islanders
             
     “Eu no vocal, Gerson Abbate nos vocais e guitarra, Paolo Battaglia nos vocais e baixo, Léo                Suzuki nos vocais e gutarra solo, Roberto Lazzarini no teclado e Joaquim Correa na bateria. O repertório tem muito do que tocamos hoje: Rolling Stones, Beatles, Steppenwolf, Procol Harum, Johnny Rivers, Grand Funk Railroad, Cream, Led, etc… nos bailinhos rolavam Bee Gees ( aquela fase inicial ) que era pra dançar coladinho. Heheheh”

       Em 1.971, foi chamado pelo músico Egidio Conde para formar uma banda de músicas próprias  e  covers chamada Utopia. A banda durou 2 anos.

         Na sequência, Kurk monta o Terreno Baldio juntamente com Roberto Lazzarini e Jô (companheiros do Islanders), o guitarrista Mozart Mello e o baixista João Ascenção.



        O Terreno Baldio fazia rock progressivo inspirado na banda inglesa Gentle Giant. A banda gravou discos, tocava nos festivais mais badalados de músicas e fez sucesso.  

Terreno Baldio

         “O Terreno Baldio fazia rock progressivo, que era " diferente ". A situação era que a bossa nova estava com tudo na mídia. E era um tipo de música que envolvia todo mundo. Tudo girava em torno da bossa nova. Com isso o rock ficou em segundo plano. Como hoje. O cenário do rock ainda fica em segundo plano. Só que ao invés da MPB, ( que agora está obscurecida ), a mídia aposta nos sertanejos e pagodes.   O rock continua e continuará. Mesmo que não haja suporte da mídia. Ele corre por fora, entende ?“

            A banda tocava rock progressivo em plena ditadura militar.

         “Os militares não gostavam e não entendiam nada de rock. Na minha opinião, acredito que eles achavam que éramos um monte de hippies maconheiros e tomadores de chá de cogumelo. Aparentemente não seríamos uma ameaça ao regime. Eles estavam mais preocupados com as letras das músicas da MPB e com as apresentações teatrais, que eram muito mais contundentes.”

Terreno Baldio

           A banda chegou ao fim em 1.979.

        “Não só o Terreno Baldio. A música ao vivo perdeu todo o espaço com a chegada da Disco Music. Em todos os lugares onde havia musica ao vivo, foi colocado um “player” de fita cassete, e... lá vamos nós!!!! Com isso, os Mutantes, Som Nosso, Terço, Novos Baianos, bom, todos pararam de tocar. Acredito que aí foi o final de uma era.”

        No começo dos anos 80 foi chamado para formar o “Grupo Vocal” juntamente com Osvaldo Luiz (Premeditando o Breque), Conrado Ruiz e Egidio Conde

       “Compusemos 12 músicas mas não conseguimos gravadora para lançar. Na época não havia condições de se fazer algum trabalho “independente”. Era uma fortuna."

Rock Memory


          Após um ano e meio sem tocar, João Kurk integra o Rock Memory onde ficou por 10 anos.

        “Eu não vivia da música naquela época. Eu fazia faculdade de Adm. de Empresas e trabalhava em uma multinacional do ramo farmacêutico. Eu era “normal” hahahahah. Durante esse período, fiquei muito conhecido no mundo do “cover”. A banda cresceu muito ao ponto de eu ter que decidir entre continuar a minha carreira executiva ou me tornar um músico profissional. Deu no que deu, né..?”

Rock Memory

      Em 1.991, com a saída do Rock Memory, montou, com ex-integrantes da banda, o Grupo Paris Supertramp.

        Após, Kurk entrou no Rockover. Foram quase 15 de banda.



     Após algumas divergências de idéias entre os integrantes, em 2.008, João monta o Rockstock juntamente com o seu companheiro de Duo Bird, Giba San. O Rockstock dura 4 anos.

        

    E em novembro do ano passado, Kurk monta o Mr. Kurk juntamente com Douglas Coronel (ex-Rockstock) que chama Ed Carvalho no contrabaixo, Jorge Anielo na bateria. João chama seu ex-companheiro de Rockover (começo da década) Henrique Lima.



       TRÊS MOMENTOS EM JAÚ

      

      Foi no ano de 2.003 que João Kurk estreou na cidade com o Rockover. 

    Lembro até hoje que no primeiro semestre de 2.003, o General não estava em boa toada e tínhamos fechado o Rockover (ledo engano – 28/06).  Foi quando tivemos a “incrível idéia” de  desmarcar o Rockover para colocar um trio de forró. 

     Lembro-me do Rodrigo ligando pro João e ele só ouvia. Um silêncio e o Rodrigo balançando a cabeça   no sentido vertical.

       “Bicho, o cara (Kurk) não deixou eu desmarcar de jeito nenhum” Graças aos deuses do rock ´n roll Kurk insistiu conosco e o Rockover virou uma febre na cidade. 

       

A segunda vez do Rockover ocorreu em um dia triste para nós. Foi no exato dia que Rodrigo Alf da Rádio Patrulha faleceu em decorrência de um acidente automobilístico. Agosto de 2.003.

 Lembro que a banda disse: "Ao invés de fazer um minuto de silêncio, vamos fazer um rock ´n roll para o Rodrigo". Muito marcante. 

Em julho de 2.006, show do Claudio Zolli no General. E no longe, a estréia do Duo Bird.



O Claudio Zoli, monstro da black music, fez um show ridículo. Veio com um percussionista só. Fomos enganados. Mas como somos sortudos, tínhamos a estréia da dupla no lounge. E foi o que segurou a noite.

Neste ano, fará dez anos que João Kurk estará nos palcos de Jaú.

“Jaú é uma cidade muito interessante. Explico porque: Em todas as cidades que eu conheço, o público é muito de moda, ou seja, se está na moda o sertanejo, é sertanejo. Se a moda é pagode, então é pagode e assim por diante. Nesse universo, existem os que gostam de rock. É isso que difere Jaú das outras. O pessoal que curte rock em Jaú é bem maior que das outras cidades. Melhor que isso, entendem de rock. Posso perceber nitidamente a diferença da reação do público quando tocamos um rock “lado B” em outras cidades em comparação à Jaú. 



Um comentário:

  1. Sensacional!!! Belissíma entrevista, pauta do assunto totalmente focada na história de uma pessoa do bem que poucos conhecem!!! Grande João Kurk.

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