sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

ALMANAQUE MPJ - SELO BRASIL




O Almanaque MPJ traz a história da banda Selo Brasil

ALMANAQUE MPJ - SELO BRASIL



A banda Selo Brasil iniciou seus trabalhos em meados de 1993, composta por  4 integrantes, Celso - voz e violão, Cecéu - voz e guitarra, Fernandinho - voz e baixo e Edinho - percussão

“Estudávamos juntos no instituto, e todos tocavam, só que em bandas distintas, Fer no titãs cover, Cecéu no anistia, Celso nos churrasco da classe e eu nem tocava......todos saíram ao mesmo tempo de suas bandas e resolveram montar um trio pra tocar nos bares da vida (MPB e Rock Nacional), Fer, Celso começaram a  ensaiar na casa do Ceceu e eu ia pra curtir, até q eles me falaram pra pegar uma timba do Ceceu e fazer a levada nas musicas, ai acabei entrando pra banda.” (Edinho)



No início a influência era totalmente MPB e rock nacional, repertório baseado basicamente em Gilberto Gil, Caetano Veloso, Tom Jobim, João Gilberto, Chico Buarque, Djavan, Jorge Ben, Tim Maia, Rita Lee, Mutantes, Secos e Molhados, Paralamas do Sucesso, Legião Urbana, Barão Vermelho, Irã, Lulu Santos, Alceu Valença, Luiz Gonzaga, Moraes Moreira, Cidade Negra, entre outros artistas de expressão da MPB e do Rock Nacional.

Na segunda formação, após a pausa, houve influências de outros artistas como: Seu Jorge, Clube do Balanço, Funk como le gusta, Banda Mantiqueira entre outros.

“Não usávamos bateria nos primórdios, coisa que causava estranheza, mais a gente não estava muito ligando, queríamos era tocar o bom da MPB e entre amigos apenas. “



O primeiro baterista que a banda teve foi uma  improvisação no Disco Voador. Betinho Padrenosso apareceu e deu uma canja com o pessoal.

“A noite neste dia no Disco Voador era de shows com bandas de rock basicamente, e a gente tocava apenas MPB, então colocaram o Selo Brasil pra abrir, tocar um pouco e vazar logo, pois a festa era do rock. 



E justamente quando a gente estava tocando as velas que foram colocadas em cima do P.A., atitude inteligentíssima por sinal, começaram a se mover em direção a cortina do palco ocasionando um início de incêndio bem quando o Selo Brasil estava tocando, seria mais justo e original  pegar fogo quando o rock tivesse rolando, mas não, pegou fogo com o Selo Brasil tocando Taj Mahal de Jorge Ben, Rodolfo que neste show estava tocando percussão comigo, se ausentou do palco e apagou o fogo com o extintor espirrando um pouco na rapaziada lá em baixo só pra descontrair”




Depois disso, até 1.997 a  banda passou por vários outros bateristas: Boi, Rodolfo, Paulo Dadamos, Ricardo Romão, Macarrão, Nando Pinho, Geraldinho, Rodrigo (Nerso), Lelo Izar, Juninho, , Marquinho e Eduardo Vianna.



De 1.993 a mais ou menos 1.995 a banda tinha uma agenda fixa interessante.

Era presença garantida nas festas do Terceirão do objetivo, fazendo versões engraçadas de bandas consagradas e até paródias de autoria do próprio Selo Brasil, como: “Quero te fu” e “I have a mobilete”.

“Tocávamos  todos os domingos no Vitória Regia, e de quinta feira no Disco Voador, de sexta no Ar Livre e sábado no Cuca Fresca, época inesquecível Abraços aos parceiros que trabalhavam nesses bares e que são nossos amigos até hoje, Dinho (Ar Livre), Dema e Benson (Vitória Régia) e Barata ( Disco Voador)”



     
Nesta época, a banda já estava com um baterista mais fixo – Eduardo Vianna. E sempre com o quarteto - Celso, Cecéu, Fernandinho e Edinho.

A banda tocava direto no American Bar do Jahu Clube Centro, formaturas de Terceiro Colegial e nas festas do Flamingo´s como Festa do Apito e Festa do Toca Gado, João Guerino, Tequilas bar “e um show na festa Sputinik que Selo Brasil fez na antiga River Side, hoje General Bar que por sinal foi gravado em fita cassete”.



Em 1.997, a banda passa a ter um repertório mais eclético e se enveredando para as bandas baile.



Um pouco antes,  Cecéu tinha saído da banda e Evandro Barros (ex-  Kaos e atual Nacional Kid e Kamandukaya) assumiu a guitarra e Tuba dá lugar a Giovani Junior (ex- Ultimatum) e Marquinhos entra nos teclados.



Esta formação estreou na “Noite da Ventilação” na atual Condec e ex-Segantin. A banda dividiu o palco com a banda The Jack, que futuramente se transformaria em Patrões.

Esta formação ficou até 1.999.  Com esta formação a banda tocou em festas como Lual do Coco Loko e os Hallowgreens da Escola Internacional.

Nesta época em que a banda estava mais para o gênero baile, vocalistas como Enzo e Jessica fizeram parte da banda. O Selo chegou até a fazer um dos últimos carnavais no Aero Clube.

Foi nesta época que Edinho, um dos fundadores deixou a banda para entrar no Fly By Night.



Em meados de 2.000, a banda retorna com a formação com Tuba, Edinho e Cecéu e faz algumas apresentações no  Jahu Clube Campo e ainda tocou depois de Jorge Benjor  no Planet Night Café com a participação especial de Betinho na guitarra, Rodolfo Domenicone no surdo e Erica Alonso nos vocais.  


Em mais ou menos 2.001, 2.002, Celso, Evandro e Fernando saem da banda e o Selo dá uma pausa e acabaria voltando após um período com uma formação muito interessante, utilizando metais na banda, coisa que nenhuma banda de jaú na época utilizava em sua formação.

O Selo Brasil  ressurge com um repertório muito refinado e com a volta do Cecéu e a entrada de Isaltino no violão e voz, tocaram vários anos com essa formação e terminando suas atividades por volta de 2002.



A formação era Isaltino na voz e violão, Cecéu na guitarra, Marquinhos Ferruci na bateria, Perereca, Gabriel e Jeferson nos metais e Marcos Candido no contrabaixo (antes Boi dos Cervejas também fez parte) e participações especiais de Estevan Dua nos teclados e Edinho na percussão.



Nesta época, os shows do General em 2.002 foram o destaque. Em 2.003 a banda comemorou 10 anos de existência com esta formação e a participação de integrantes antigos como Tuba, Celso, Fernando e Evandro. 



De 2.005 pra cá, a banda fez algumas apresentações esporádicas no Santo bar com os fundadores do Selo, Tuba e Evandro.




“Aí a banda foi se dissolvendo na verdade, cada um foi tomando seu rumo, uns na música mesmo, porém em outras bandas, e outros em outras profissões, mas continuam atuando como grandes músicos pela noite” (Edinho Rodrigues)




HISTÓRIAS DE EDINHO


 
“Tenho uma história bacana sobre o Cecéu, certa vez acabamos de tocar no Vitória Regia e o lanche dividido em 3 estava na mesa, Cecéu então foi ao banheiro e nós delicadamente enchemos a metade da ponta do lanche dele de pimenta, daquelas bacana. O nosso amigo volta do banheiro e começa a comer pela outra ponta, depois pega o pedaço do meio e quando iria mete a boca na pimenta bacana fala que não aguenta mais comer, indignados, nós falamos que seria chato deixar o lanche ali sem comer, então ele resolve mandar embrulhar para dar para o teu cão chamado NINO GARDENAL, achamos que iríamos mata o cão do rapai com a pimenta bacana, porém não revelamos a surpresa, no dia seguinte, perguntado pra quem haveria dado o pedaço bacana, falou que quando estava chegando em casa avistou um mendigo saindo debaixo da ponte e parou para doar o pedaço de lanche com pimenta bacana, foi embora pra casa e o mendigo deve ter ficado contente!!



“Essa outra história o Fernandinho vai falar que é mentira mai não é, chegamos no hotel em Lins, fomos fazer o check in, preenchendo a famosa fichinha, eu cheguei um pouco depois e avistei Fernandinho com tua ficha parado no balcão sem preencher, comecei a preencher a minha e quando cheguei na pergunta - Conjugê? - ele, como tonto que é, virou pra moça da recepção e falou em alto e bom som - OLHA LA MOÇA O RAPAI AI NUM SABE O QUE É CONJUGÊ, FALA PRA ELE O QUE É, FALA - na verdade esse mai tonto que os outro, não sabia o que era conjugê e esperou eu chegar na pergunta pra faze essa palhaçada, ele e a moça não paravam de rir e eu paguei de quem não sabia o que era conjugê.”



“Marcamos para tocar em Itapuí no famoso bar Banana 13, o dono entrou em contato com a gente por telefone, por sinal completamente bêbado, para saber mais sobre a banda para colocar propaganda no carro de som na cidade. No telefone perguntou qual era o nome da banda, Celso respondeu Selo Brasil, e em quantos vocês são?, somos em 4,a ta entendi, valeu.. Chegando no bar para tocar avistamos e ouvimos o carro de som com a seguinte propaganda em alto e bom som – HOJE NO BANANA 13 SELO SÃO 4!NÃO PERCAM! pouco beldo o dono?!?”




 A banda se desfez mas a amizade entre eles ficou para a vida inteira.... 







fotos do reencontro do Selo em 2.011 e  retiradas do facebook de Yanina, esposa de Cecéu

Um comentário:

  1. Olá a todos!

    Dei muita risada com a história do "Selo são 4". É que essa eu não conhecia! kkkk E se um dia me contaram, a informação se perdeu numas dessas bebedeiras da vida! kkkk

    A verdade é que tínhamos um equipamento sofrido (tendo sempre que fazer um monte de gambiarras), ganhávamos pouco e trabalhávamos bastante, MAS com certeza foi a banda mais incrível e divertida com a qual já trabalhei até hoje!

    Excelentes músicos e só figura........risada do começo ao fim de cada encontro, ensaio ou apresentação...... por isso as histórias são tão fantásticas!

    Parabéns ao Moraes pela iniciativa e pela matéria sobre a banda! O Blog em si é muito bom e um verdadeiro incentivo aos músicos e à noite jauense!

    No mais, fico no aguardo do próximo encontro da Banda Selo Brasil na "Chácra" do Budy, amigo de uma vida que sempre esteve ao lado da banda.

    Grande abraço a todos! Eduardo Vianna.

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