terça-feira, 2 de outubro de 2012

ALMANAQUE MPJ - DOORS COVER




Direto de Los Angeles, Califórnia.... The Doors ...

ALMANAQUE MPJ – DOORS COVER



O Almanaque MPJ da semana traz o Doors Cover.

Doors Cover foi o único cover da banda californiana da cidade.  

Vamos delinear e contar a história da banda com depoimentos do vocalista Careca Vanucci.

A banda iniciou-se em 1.997 com  Careca Vanucci nos vocais, Eduardo Monte no contrabaixo, Evelin Barbosa nos teclados, Ale Resende na guitarra, Marcelo na bateria. A banda sempre teve a mesma formação até 2.001 s entrando Ricardo para ajudar nos vocais da banda.

CARECA VANUCCI


 Careca participou de algumas bandas de garagem participou do The Jack  junto com Rafael Gianini, Guto Campana e Verde e assumiu o Doors Cover conforme acompanharão abaixo. Após o Doors Cover, Careca fundou a Black Jack Guilhotina que é a atual Rock Apache que será tema do Almanaque também.

EVELIN BARBOSA

Evelin era formada em piano, mas nunca teve banda. Grande musicista.Ficava impressionado com suas performances e como ela se empenhava  em fazer os sons serem bem próximos do que ray manzereck fazia” afirma Careca.

EDUARDO MONTE

Eduardo Monte tinha tocado  em várias bandas também junto com Ale Resende.

“Ótimo baixista, fanzaço do Les Claypool do Primus, e um cara com conhecimento musical fantástico. Ele mora sozinh e tinha uma sala cheia de vinis na casa dele, as vezes chegávamos la e ele estava ouvindo algum disco antigo do Robeto Carlos”

ALE RESENDE


Sobre Ale, "Um cara muito detalhista nas guitarras do Rob Kreiger, ele vinha com todos os detalhes e timbres dos sons, conseguia tirar leite de pedra com o pouco que tinha, era fascinante."

TCHELO



Marcelo teve uma banda de punk com o Carlos da Factor X e com o grande Ravel. Trabalhava na Rádio jauense na época. "Um cara super inteligente, a inteligência dele exalava de uma forma que envolvia a todos, grande batera, um cara que se esforçava absurdamente para que tudo ficasse perfeito."


Careca conta para o Blog como foi o encontro com o Doors:

“Lembro que íamos ver o Skilo tocar na época que o Diniz era o vocal, e quem cantava os Doors era o Spilari. Não gostava do Doors, achava estranho, eu tava  numas de Rush, Deep Purple, Zeppelin, o bom Kiss e o estouro do grunge. Isso mais ou menos 90,91. 

Em 94 fui trabalhar no som Sputnik, era o auge dos cds, o que vc queria você encontrava lá. Era o Maximo, e tinha um cara que ia sempre la e me deu uma coletânea dos Doors com Morrison de braços aberto na capa, disse que não gostava do cd e seu queria ficar com ele. Esse cd ficou em casa parado por pelo menos uns 2 anos.

Eu estava andando com um pessoal , (em 97) e estávamos meio a toa e alguém vira e fala, vamos na casa de fulano assistir o filme do The Doors? 



Eu pensei nossa, filme do the doors, alguém vira e disse, você nunca viu, você não sabe o que ta perdendo, bom então vamos ver o tal do filme, ficamos assistindo e tomando vinho, fui com uma idéia de total indiferença de ver um filme de um cara que ainda pra mim era mais um doido varrido que só pensava em ficar louco o tempo todo, mas quando comecei assisti-lo foi como um estalar de dedos em frente de meus olhos, eu simplesmente fiquei alucinado com tudo aquilo,  fora toda sua loucura, a criatividade de Jim Morrison e seu amor pela musica, cinema e todo tipo de arte, também são coisas que me interessam  e minha vida se transforma muito depois desse dia e eu nem esperava o que vinha depois desse dia fatídico... 

Uma noite de sexta com uma chuva muito forte, fiquei em casa porque não ia rola nada com toda aquela aguaceira e fui ouvir um som no meu quarto e fuçando no meio dos cds topo a tal coletânea depois de tempo, peguei o dito cujo e coloquei o segundo cd(esse cd é duplo e tenho ele ate hoje), e começou um barulho de chuva, era riders on the storm. Aquilo me envolveu tanto que naquela noite devo ter ouvido umas 20 vezes aquela mésica pelo menos  e o disco não saia do meu cd player do carro a partir desse momento , onde ia tocava The doors no meu Del Rey prata.
Um belo dia de sabado a noite, sai eu ouvindo um ao vivo deles que havia comprado em uma loja nova que estava trabalhando e paro bem na frente do antigo Vinicius ouvindo e cantarolando sem parar as musicas, eu estava totalmente envolvido com aquilo, minha razão de viver era ouvir The Doors, eu levantava ouvindo Doors e ia dormir ouvindo The Doors.”

Certo dia Careca encontra um antigo amigo de escola, o Eduardo Monte. Du Vermelho, como é conhecido, reparou que Careca não parava de cantar sons do Doors.

Du Monte


“Ai ele me solta que  que estava montando um cover do the doors” completa Careca.

Junto com Du já estavam o Tchelo na bateria, o Alexandre na guitarra. Fizeram um teste com o vocalista Juliano Alonso (que depois viria a ser vocalista do Paco Camino) e com Bruno Perlatti.

“Quando ele me ouviu cantar alguns sons ali mesmo eu percebi em sua expressão que era eu que estavam procurando, ele me diz se eu estava  a fim de fazer um teste com eles pra ver no que dava e topei de boa pra ver no que ia dar.” 

Careca


“Me passaram alguns sons que já estavam na agulha pra eles e pra mim. Foi mágico, tocamos love her madly, break on through, entre outras, eu me lembro que o Tchelo tinha uma batera bem precária, que era presa por fios de varal e um prato que o racho nele era maior que o próprio, o baixo e o teclado eram ligados no mesmo amplificador, o ale tinha uma guitarra bem legal mas o amplificador era bem pequeno, até fazia um bom trabalho, mas todo aquele conjunto da obra fazia o som ser mágico, mais do que especial, porque vc começa a pensar que esses caras não tinham recursos também na época deles, tudo era simples e precário também e acho que por isso o som ficou demais.”

A banda começou a entrar no circuito dos bares rock.  Como a banda tinha instrumentos e amplificadores precários, os cachês eram revertidos para comprar as aparelhagens e instrumentos.



“A nossa maior meta era o Armazén em Bauru, mandamos uma fita cassete pro Paulo, o proprietário do bar, ele me ligou e disse que procurava uma banda cover dos doors pra por no bar já fazia um tempo e começamos tocar muito la, era maravilhoso e tinha todo o clima pra isso, aquele lugar cheira e transpira rock and roll, nos sentíamos em casa, sempre que tinha uma brecha ele fazia questão de nos chamar. “

“Tivemos momentos maravilhosos, grandes amigos tocando juntos, foi sensacional, mas as coisas são assim, tudo tem seu tempo e um dia, achei que não dava mais para mim, então deixei a banda”

Junto com a saída do Careca, veio o final da banda, no ano de 2.001

“Foi realmente surreal prestar essa homenagem a Jim Morrison e seus comparsas, eles fizeram história, toda boa banda que se preza, tem na base de sua influência o the doors, e pra quem não conhece essa incrível banda, não sabe o que esta perdendo, recomendo qualquer disco pra se escutar, os Doors sempre traziam novidades, nunca era repetição suas musicas”

A banda por aqui tocava no Bar do Gallo, Planet Night Café, nos Hallowes e eventos da Escola Internacional, no Fim de Século em Lençóis Paulista, em festas universitárias e forte mesmo era no Armazém em Bauru. 

Doors Cover e galera dos Cervejas no Arma


Careca tinha um carisma inigualável na frente. Os integrantes tinham qualidades peculiares como o próprio Doors tinha mesmo. Uma pena não se ter registro de vídeo da banda para colocarmos aqui no Almanaque MPJ.

Se alguém tiver, manda para o moraesjau@hotmail.com

 Vejam o ALMANAQUE MPJ anterior:

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