Direto de Los Angeles, Califórnia.... The Doors ...
ALMANAQUE
MPJ – DOORS COVER
O
Almanaque MPJ da semana traz o Doors Cover.
Doors
Cover foi o único cover da banda californiana da cidade.
Vamos delinear e contar a história da banda com
depoimentos do vocalista Careca Vanucci.
A
banda iniciou-se em 1.997 com Careca
Vanucci nos vocais, Eduardo Monte no contrabaixo, Evelin Barbosa nos teclados, Ale
Resende na guitarra, Marcelo na bateria. A
banda sempre teve a mesma formação até 2.001 s entrando Ricardo para ajudar nos
vocais da banda.
CARECA VANUCCI |
Careca
participou de algumas bandas de garagem participou do The Jack junto com Rafael Gianini, Guto Campana e Verde
e assumiu o Doors Cover conforme acompanharão abaixo. Após o Doors Cover,
Careca fundou a Black Jack Guilhotina que é a atual Rock Apache que será tema
do Almanaque também.
EVELIN BARBOSA |
Evelin
era formada em piano, mas nunca teve banda. Grande musicista. “Ficava impressionado com suas performances e
como ela se empenhava em fazer os sons
serem bem próximos do que ray manzereck fazia” afirma Careca.
EDUARDO MONTE |
Eduardo
Monte tinha tocado em várias
bandas também junto com Ale Resende.
“Ótimo baixista, fanzaço do Les Claypool do
Primus, e um cara com conhecimento musical fantástico. Ele mora sozinh e tinha
uma sala cheia de vinis na casa dele, as vezes chegávamos la e ele estava
ouvindo algum disco antigo do Robeto Carlos”
ALE RESENDE |
Sobre Ale, "Um cara
muito detalhista nas guitarras do Rob Kreiger, ele vinha com todos os detalhes
e timbres dos sons, conseguia tirar leite de pedra com o pouco que tinha, era
fascinante."
TCHELO |
Marcelo teve uma banda de punk com o Carlos da Factor X e com o grande Ravel. Trabalhava na Rádio jauense na época. "Um cara super inteligente, a inteligência
dele exalava de uma forma que envolvia a todos, grande batera, um cara que se
esforçava absurdamente para que tudo ficasse perfeito."
“Lembro
que íamos ver o Skilo tocar na época que o Diniz era o vocal, e quem cantava os
Doors era o Spilari. Não gostava do Doors, achava estranho, eu tava numas de Rush, Deep Purple, Zeppelin, o bom Kiss
e o estouro do grunge. Isso mais ou menos 90,91.
Em 94 fui trabalhar no som
Sputnik, era o auge dos cds, o que vc queria você encontrava lá. Era o Maximo,
e tinha um cara que ia sempre la e me deu uma coletânea dos Doors com Morrison
de braços aberto na capa, disse que não gostava do cd e seu queria ficar com
ele. Esse cd ficou em casa parado por pelo menos uns 2 anos.
Eu
estava andando com um pessoal , (em 97) e estávamos meio a toa e alguém vira e
fala, vamos na casa de fulano assistir o filme do The Doors?
Eu pensei nossa,
filme do the doors, alguém vira e disse, você nunca viu, você não sabe o que ta
perdendo, bom então vamos ver o tal do filme, ficamos assistindo e tomando
vinho, fui com uma idéia de total indiferença de ver um filme de um cara que
ainda pra mim era mais um doido varrido que só pensava em ficar louco o tempo
todo, mas quando comecei assisti-lo foi como um estalar de dedos em frente de
meus olhos, eu simplesmente fiquei alucinado com tudo aquilo, fora toda sua loucura, a criatividade de Jim
Morrison e seu amor pela musica, cinema e todo tipo de arte, também são coisas
que me interessam e minha vida se
transforma muito depois desse dia e eu nem esperava o que vinha depois desse
dia fatídico...
Uma noite de sexta com uma chuva muito forte, fiquei em casa
porque não ia rola nada com toda aquela aguaceira e fui ouvir um som no meu
quarto e fuçando no meio dos cds topo a tal coletânea depois de tempo, peguei o
dito cujo e coloquei o segundo cd(esse cd é duplo e tenho ele ate hoje), e
começou um barulho de chuva, era riders on the storm. Aquilo me envolveu tanto
que naquela noite devo ter ouvido umas 20 vezes aquela mésica pelo menos e o disco não saia do meu cd player do carro
a partir desse momento , onde ia tocava The doors no meu Del Rey prata.
Um
belo dia de sabado a noite, sai eu ouvindo um ao vivo deles que havia comprado
em uma loja nova que estava trabalhando e paro bem na frente do antigo Vinicius
ouvindo e cantarolando sem parar as musicas, eu estava totalmente envolvido com
aquilo, minha razão de viver era ouvir The Doors, eu levantava ouvindo Doors e
ia dormir ouvindo The Doors.”
Certo
dia Careca encontra um antigo amigo de escola, o Eduardo Monte. Du Vermelho,
como é conhecido, reparou que Careca não parava de cantar sons do Doors.
Du Monte |
“Ai
ele me solta que que estava montando um
cover do the doors” completa Careca.
Junto
com Du já estavam o Tchelo na bateria, o Alexandre na guitarra. Fizeram um
teste com o vocalista Juliano Alonso (que depois viria a ser vocalista do Paco
Camino) e com Bruno Perlatti.
“Quando
ele me ouviu cantar alguns sons ali mesmo eu percebi em sua expressão que era
eu que estavam procurando, ele me diz se eu estava a fim de fazer um teste com eles pra ver no
que dava e topei de boa pra ver no que ia dar.”
Careca |
“Me
passaram alguns sons que já estavam na agulha pra eles e pra mim. Foi mágico, tocamos love her madly, break on through, entre
outras, eu me lembro que o Tchelo tinha uma batera bem precária, que era presa
por fios de varal e um prato que o racho nele era maior que o próprio, o baixo
e o teclado eram ligados no mesmo amplificador, o ale tinha uma guitarra bem
legal mas o amplificador era bem pequeno, até fazia um bom trabalho, mas todo
aquele conjunto da obra fazia o som ser mágico, mais do que especial, porque vc
começa a pensar que esses caras não tinham recursos também na época deles, tudo
era simples e precário também e acho que por isso o som ficou demais.”
A
banda começou a entrar no circuito dos bares rock. Como a banda tinha instrumentos e
amplificadores precários, os cachês eram revertidos para comprar as
aparelhagens e instrumentos.
“A
nossa maior meta era o Armazén em Bauru, mandamos uma fita cassete pro Paulo, o
proprietário do bar, ele me ligou e disse que procurava uma banda cover dos
doors pra por no bar já fazia um tempo e começamos tocar muito la, era
maravilhoso e tinha todo o clima pra isso, aquele lugar cheira e transpira rock
and roll, nos sentíamos em casa, sempre que tinha uma brecha ele fazia questão
de nos chamar. “
“Tivemos momentos maravilhosos, grandes amigos
tocando juntos, foi sensacional, mas as coisas são assim, tudo tem seu tempo e
um dia, achei que não dava mais para mim, então deixei a banda”
Junto
com a saída do Careca, veio o final da banda, no ano de 2.001
“Foi
realmente surreal prestar essa homenagem a Jim Morrison e seus comparsas, eles
fizeram história, toda boa banda que se preza, tem na base de sua influência o
the doors, e pra quem não conhece essa incrível banda, não sabe o que esta
perdendo, recomendo qualquer disco pra se escutar, os Doors sempre traziam
novidades, nunca era repetição suas musicas”
A
banda por aqui tocava no Bar do Gallo, Planet Night Café, nos Hallowes e
eventos da Escola Internacional, no Fim de Século em Lençóis Paulista,
em festas universitárias e forte mesmo era no Armazém em Bauru.
Doors Cover e galera dos Cervejas no Arma |
Careca
tinha um carisma inigualável na frente. Os integrantes tinham qualidades
peculiares como o próprio Doors tinha mesmo. Uma pena não se ter registro de vídeo
da banda para colocarmos aqui no Almanaque MPJ.
Se
alguém tiver, manda para o moraesjau@hotmail.com
Vejam o ALMANAQUE MPJ anterior:
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