Uma mês na Europa
por Paulo Soares e Bruna Lariane Gomes
Parada - Paris
24 de
fevereiro
À noite, pegamos o EuroStar, o famoso trem de alta
velocidade que liga Londres a Paris, passando por baixo do Canal da Mancha. Deu
pra sentir a pressão no ouvido, mas a verdade é que nem vimos o tal do túnel.
Quando percebemos, já estávamos chegando ao nosso destino. Para facilitar a
logística (malas pesadas) ficamos hospedados em um hotel bem próximo da estação
em que chegamos, Gare du Nord. O nome é Hotel Paris Liège. Fomos muito bem
atendidos por um marroquino que fala umas sete línguas diferentes. O hotel não
tem luxo, mas ficamos bem acomodados por um preço justo. O único problema é o
banheiro. Como o banho não é uma preferência nacional, não encontramos
exatamente o que se pode chamar de chuveiro, mas uma ducha higiênica – pelo
menos era possível pendurá-la na parede e fazer de conta que era um chuveiro.
Com fome, à noite e em um lugar desconhecido, apelamos para o Mc Donald’s mais
próximo.
Já deu pra perceber aí que a
convivência com os franceses não seria das mais amistosas. A polidez inglesa no
atendimento não passou nem perto de lá. O atendente emburrado ouviu nossa solicitação
em inglês, entendeu tudo o que dissemos, mas fez questão de responder tudo em francês. Uma
lástima... Não entendemos uma palavra sequer. Sabemos, eles não gostam de falar
inglês. Muitos de nós também não. Mas é a Língua universal. Não tem jeito. A
cidade considerada a mais turística do mundo precisa atender de forma adequada
quem paga para estar lá.
Bom, mas segue em frente. Como o hotel
fica meio longe da área mais turística, acordamos no dia seguinte e decidimos
cortar a cidade a pé, para ir conhecendo os lugares. Seria melhor não ter feito
isso. Pessoas mal encaradas, ruas sujas e com cheiro de urina. O lado B da
cidade considerada a mais romântica do mundo. Com certeza encontramos em São Paulo muitas áreas
mais bem cuidadas do que Paris fora do eixo turístico.
Paris Sena |
Mas a viagem tinha que valer a pena. E valeu.
Quando chegamos à Catedral de Notre Dame, milenar, que fica na Illè de La Citè , a ilha do Rio Sena onde
a cidade nasceu. Deslumbrante. A entrada é permitida e gratuita, mas as
fotografias precisam ser sem flash. Também é possível subir na torre, mas é
cobrado ingresso e tem fila demorada, por isso, deixamos pra lá. Saímos
andando. Caminhar às margens de um rio limpo, histórico, utilizado para o
transporte de cargas e pessoas é indescritível.
Seguindo no sentido da Torre
Eiffel, pode-se passar pelo Museu do Louvre (tão grande que levaria dias para
vê-lo inteiro; é onde está a Monalisa), por jardins maravilhosos (onde paramos
pra tomar um vinho), pela histórica praça da Concórdia e por toda a charmosa
Champs Elyssés (avenida mais famosa da cidade, que tem o Arco do Triunfo).
Nesse ponto, é possível seguir em frente e ir até um centro moderno de Paris,
com prédios de arquitetura interessante. Outra opção é ir até a Torre Eiffel.
De dia, ela é linda, mas à noite, iluminada, ganha contornos especiais. Para
subir na torre, até o segundo andar, pode ser de escada. Cansativo, mas barato
e com pouca fila. Para ir até o topo, só dá de elevador, que é mais caro e você
vai enfrentar filas. Fazer um city tour a partir da Torre Eiffel pode ser
interessante. Custa pouco mais de 20 Euros, mas você tem áudio-guia (inclusive
em português) e pode descer e subir no ônibus quantas vezes quiser em qualquer
uma das dezenas de paradas durante 48 horas. Uma idéia também é passear de
barco pelo Rio Sena. Em algumas empresas que prestam o serviço, como a Bateaux
Parisiens, o preço fica a partir de 12 Euros. A Basílica Sacre Coeur é um ponto
também muito bonito, pois fica no alto de um morro.
Sobre a comida em Paris, é mais saborosa do
que em Londres, mas também custa caro. De qualquer forma, em geral, continuamos no kebab ou filé de frango,
tudo com batata frita. Se for a Paris, precisa reservar um dia para um dos
lugares mais impressionantes: o Palácio de Versalhes. De trem, em pouco mais de
meia hora, saímos do centro da cidade e vamos até Versalhes. A entrada custa
uns 20 Euros. O palácio é impressionante, gigante, luxuoso, imponente. Para
caminhar por todos os jardins ao redor do prédio talvez um dia não fosse
suficiente. É muito interessante caminhar pelos corredores do palácio, passar
pelo quarto do rei, o da rainha (sim, eram separados os quartos), a sala dos
espelhos... Vale a pena!
Agora, vamos até a Alemanha. Até semana que vem!!!
Que viagem inesquecível!!! Bom seria poder passar mais uns meses lá!! hehehe... valeu pela postagem, Moraes!!!! Bjos. Bruna
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