terça-feira, 1 de maio de 2012

Um mês na Europa - Paris


Uma mês na Europa
por Paulo Soares e Bruna Lariane Gomes



Parada - Paris

24 de fevereiro

À noite, pegamos o EuroStar, o famoso trem de alta velocidade que liga Londres a Paris, passando por baixo do Canal da Mancha. Deu pra sentir a pressão no ouvido, mas a verdade é que nem vimos o tal do túnel. Quando percebemos, já estávamos chegando ao nosso destino. Para facilitar a logística (malas pesadas) ficamos hospedados em um hotel bem próximo da estação em que chegamos, Gare du Nord. O nome é Hotel Paris Liège. Fomos muito bem atendidos por um marroquino que fala umas sete línguas diferentes. O hotel não tem luxo, mas ficamos bem acomodados por um preço justo. O único problema é o banheiro. Como o banho não é uma preferência nacional, não encontramos exatamente o que se pode chamar de chuveiro, mas uma ducha higiênica – pelo menos era possível pendurá-la na parede e fazer de conta que era um chuveiro. Com fome, à noite e em um lugar desconhecido, apelamos para o Mc Donald’s mais próximo. 

Já deu pra perceber aí que a convivência com os franceses não seria das mais amistosas. A polidez inglesa no atendimento não passou nem perto de lá. O atendente emburrado ouviu nossa solicitação em inglês, entendeu tudo o que dissemos, mas fez questão de responder tudo em francês. Uma lástima... Não entendemos uma palavra sequer. Sabemos, eles não gostam de falar inglês. Muitos de nós também não. Mas é a Língua universal. Não tem jeito. A cidade considerada a mais turística do mundo precisa atender de forma adequada quem paga para estar lá. 


Bom, mas segue em frente. Como o hotel fica meio longe da área mais turística, acordamos no dia seguinte e decidimos cortar a cidade a pé, para ir conhecendo os lugares. Seria melhor não ter feito isso. Pessoas mal encaradas, ruas sujas e com cheiro de urina. O lado B da cidade considerada a mais romântica do mundo. Com certeza encontramos em São Paulo muitas áreas mais bem cuidadas do que Paris fora do eixo turístico. 

Paris Sena

Mas a viagem tinha que valer a pena. E valeu. Quando chegamos à Catedral de Notre Dame, milenar, que fica na Illè de La Citè, a ilha do Rio Sena onde a cidade nasceu. Deslumbrante. A entrada é permitida e gratuita, mas as fotografias precisam ser sem flash. Também é possível subir na torre, mas é cobrado ingresso e tem fila demorada, por isso, deixamos pra lá. Saímos andando. Caminhar às margens de um rio limpo, histórico, utilizado para o transporte de cargas e pessoas é indescritível.



 Seguindo no sentido da Torre Eiffel, pode-se passar pelo Museu do Louvre (tão grande que levaria dias para vê-lo inteiro; é onde está a Monalisa), por jardins maravilhosos (onde paramos pra tomar um vinho), pela histórica praça da Concórdia e por toda a charmosa Champs Elyssés (avenida mais famosa da cidade, que tem o Arco do Triunfo). Nesse ponto, é possível seguir em frente e ir até um centro moderno de Paris, com prédios de arquitetura interessante. Outra opção é ir até a Torre Eiffel. De dia, ela é linda, mas à noite, iluminada, ganha contornos especiais. Para subir na torre, até o segundo andar, pode ser de escada. Cansativo, mas barato e com pouca fila. Para ir até o topo, só dá de elevador, que é mais caro e você vai enfrentar filas. Fazer um city tour a partir da Torre Eiffel pode ser interessante. Custa pouco mais de 20 Euros, mas você tem áudio-guia (inclusive em português) e pode descer e subir no ônibus quantas vezes quiser em qualquer uma das dezenas de paradas durante 48 horas. Uma idéia também é passear de barco pelo Rio Sena. Em algumas empresas que prestam o serviço, como a Bateaux Parisiens, o preço fica a partir de 12 Euros. A Basílica Sacre Coeur é um ponto também muito bonito, pois fica no alto de um morro.  



Sobre a comida em Paris, é mais saborosa do que em Londres, mas também custa caro.  De qualquer forma, em geral, continuamos no kebab ou filé de frango, tudo com batata frita. Se for a Paris, precisa reservar um dia para um dos lugares mais impressionantes: o Palácio de Versalhes. De trem, em pouco mais de meia hora, saímos do centro da cidade e vamos até Versalhes. A entrada custa uns 20 Euros. O palácio é impressionante, gigante, luxuoso, imponente. Para caminhar por todos os jardins ao redor do prédio talvez um dia não fosse suficiente. É muito interessante caminhar pelos corredores do palácio, passar pelo quarto do rei, o da rainha (sim, eram separados os quartos), a sala dos espelhos... Vale a pena! 

Agora, vamos até a Alemanha. Até semana que vem!!! 


Um comentário:

  1. Que viagem inesquecível!!! Bom seria poder passar mais uns meses lá!! hehehe... valeu pela postagem, Moraes!!!! Bjos. Bruna

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