segunda-feira, 14 de maio de 2012

Um mês na Europa - Itália


Um mês na Europa






Parada - Itália




05 de março – Veneza

Mais um trem noturno e chegamos à romântica Veneza. Se é que ela cheira mal, como dizem, nós não sentimos nada. Talvez porque ainda era inverno. Sensível a diferença já na chegada, no que diz respeito ao povo. Gente falante, que fala com as mãos, dá risada... Tudo mais próximo de nós. Não é difícil perceber que, de fato, muitos de nós vieram de lá. Para irmos da estação de trem até o hotel, pegamos um vaporetto (para eles, é um ônibus circular – mas na verdade é um barco que você pega e ele vai parando de ponto em ponto ao longo do maior canal que corta a cidade). O preço desse transporte é caro: mais ou menos uns 6 Euros a cada viagem. Mas nós usamos pouco, porque ficamos hospedados bem perto da Piazza São Marcos, que é o principal ponto turístico de Veneza. O hotel se chama Ai di Mori. 



Olhando de fora, era estranho, porque o prédio é muito antigo – aliás, como tudo na cidade. Agora, por dentro, o hotelzinho é todo reformado, limpo e o atendimento é caseiro, com a Dona Antonella. Uma simpatia! A diária para dois saiu por volta de 50 Euros. Logo no primeiro dia, andamos pela Praça São Marcos, que tem uma igreja incrível, com entrada gratuita. Também nessa praça existe a Torre do Campanário, que é o ponto mais alto da cidade. Vale a pena esperar um pouco na fila pra subir – são cobrados cerca de 7 Euros, mas a vista é maravilhosa. 



Do alto, dá pra ter uma idéia real do que é a cidade. São várias ilhas, com canais e infinitas vielas, que se transformam em verdadeiros labirintos. Um charme! Nessa praça, já dá pra encontrar um tradicional gelatto, o sorvete italiano, que é sensacional. Almoçamos uma também tradicional pasta, porque por mais que as avós brasileiras tentem, ninguém faz massa com as italianas. O que mais se vê nos pequenos canais são as gôndolas, que talvez sejam o que mais representa Veneza. Elas são todas iguais, muito bonitas, e os gondoleiros normalmente ficam com roupa parecida, um chapéu típico... O problema é que eles exploram nos preços. Em geral, cobram 80 Euros por uma volta que pode durar de 30 a 40 minutos – acho que cabem até quatro pessoas. 



Quando o movimento na cidade é grande, chegam a cobrar mais de 100 Euros. Isso, exatamente como os vendedores que exploram turistas nas praias do nordeste brasileiro. Como no dia em que fomos o movimento não era tão grande, valeu ter negociado: demonstramos que não tínhamos interesse e pro fim o passeio saiu por 60 Euros (ainda assim bem caro).  Vale um aparte: foi nas gôndolas que ficamos noivos, depois de cinco anos de namoro! Voltando ao roteiro, a cidade tem um ponto muito conhecido, que é o entorno da Ponte do Rialto, a mais antiga de Veneza. A partir da Praça São Marcos, é possível ir a pé pelas vielas da cidade. Aliás, é muito bom caminhar pelas pequenas ruas, curtindo esse clima antigo que Veneza tem. Já no segundo dia, iríamos embora no final da tarde, de trem, para Roma. Então, decidimos por um programa mais tranqüilo. Fomos de vaporetto até a ilha de Murano, onde existem as tradicionais fábricas de Vidro. Muito bonito o trabalho artesanal, feito como há séculos. Para ir até lá, basta pegar o vaporetto na estação Zaccaria, que fica ao lado da Praça São Marcos.



Depois disso, voltamos, caminhamos mais um pouco pela cidade, e fomos pra estação de trem... Roma que nos espere!

07 de março – Roma
Fomos até Roma em um trem de alta velocidade, o EuroStar. É a mesma empresa que faz o trecho entre Londres e Paris, por baixo do Canal da Mancha. Uma tela no corredor do trem indicava a velocidade máxima: 236 km/h! (quase igual à nossa sucateada malha ferroviária... lamentável). 

Como chegamos à noite, ficamos no Hotel Giorgina, que fica a duas quadras da estação. O ponto fraco do hotel era o banheiro. Em compensação, era oferecido um belo café da manhã. 



Pela primeira vez na viagem, encontramos comida com fartura, como aqui no Brasil. No primeiro dia, já de manhã, fomos ao ponto principal: o Coliseo. Difícil descrever... Magnífico, histórico, impressionante... Como construíram aquilo há quase dois mil anos? Loucura! E tudo muito bem preservado. O que nos chamou a atenção é que pensávamos existir apenas o Coliseo como grande memória do Império Romano, mas na verdade existem ruínas em todo o entorno do Coliseo. São o Palatino, o Circo Massimos, o Foro Romano. Tudo muito bonito. 



Com um único ingresso, a gente teve acesso a toda essa região. Custou pouco mais de 10 Euros. Andamos muito nessa região. No almoço, muita massa, vinho deliciosamente saboroso e barato. 



À tarde, fomos até a Fontana de Trevi, um dos pontos mais freqüentados por turistas. Realmente, é muito bonita. Lá é tradicional tomar um gelatto e nós acompanhamos a tradição. O pessoal também costuma jogar uma moedinha na fonte. Dizem que quem faz isso, um dia volta a Roma. Por garantia, jogamos uma cada um! À noite, macarrão, pizza, e mais vinho! No segundo e último dia em Roma, um problema: deixaríamos a cidade de avião com destino a Madrid e, em vôos internacionais, é preciso chegar com antecedência. Então, tivemos pouco mais de meio dia. 



Aproveitamos para ir até o Vaticano. A Basílica de São Pedro tem história e requinte em cada canto. Obras de Michelangelo estão por todos os lados. Na capela do santíssimo não é permitido fotografar: “only to pray”, diz o segurança. Mas vale muito a pena entrar, deixar baixar a adrenalina da viagem, e rezar um pouco. O ambiente lá dentro é fantástico. Não sei, mas um sentimento muito bom toma conta da gente quando entramos nesse lugar. 

Bom, no subsolo da basílica estão sepultados muitos papas. Também é possível subir na cúpula da igreja, mas nós não fomos. Faltou dinheiro e tempo pra isso – a fila estava grande. O museu do Vaticano também dizem ser maravilhoso. 

Ao final da visita, o visitante passa pela Capela Cistina. Mas nós só vimos de fora, justamente por conta do horário apertado. Uma visita mais calma ao Vaticano fica para a próxima oportunidade. Era hora de embarcar no avião e partir para nosso destino: Madrid. Pegamos o avião no aeroporto Fiumicino. Ele fica longe da cidade e é necessário ir de trem. Deve dar mais de meia hora de viagem.


Espanha vamos nós....

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