quarta-feira, 16 de maio de 2012

Blog entrevista Sideral




O Blog do Moraes tem o imenso prazer de conversar com o Hit Maker Wilson Sideral.

Com doze anos de carreira, quatro álbuns de estúdio lançados, indicações aos prêmios GraammyLatino e Prêmio Multishow de Música Brasileira, quatro canções em trilhas de novela, composições com seu irmão Rogério Flausino como Fácil, Na Moral e Já Foi,
Wilson Sideral é um dos destaques do cenário Pop Rock Brasileiro e se apresentará aqui em Jaú no General bar.  

  Fala Sideral, é um prazer conversar com você. Diz pro blog como a música apareceu para você? 
Tudo começou dentro da casa dos meus pais (avós, tios...), a música é paixão de família,  meus avós, tios, primos, todo mundo, lá de casa, toca um violão e canta... Cresci nesse ambiente  muito musical, ouvindo sons de todas as gerações e, aos 8 anos, já me interessei em aprender o violão!!! 
Daí em diante, não quis mais parar!!! rsrs... 

 Como você percebeu o seu tino para compor? Quem gravou suas primeiras músicas? 
Bem cedo, logo aos 12 anos comecei a me arriscar a escrever "musiquinhas", rsrs, minha mãe era minha professora e gramática, literatura e redação, sempre me incentivou nisso... As primeiras canções eram coisa de adolescente mesmo,  tocávamos nos "showzinhos" do quintal, no colégio, bares de Alfenas-MG!!!


Época boa, de formação de caráter e gosto musical!! Profissionalmente, minhas primeiras músicas gravadas foram pela primeira banda da qual fiz parte em BH, chamada OMERIAH (banda de reggae dos anos 90 e pouco...), gravamos pelo selo Plug da BMG. Logo após essa fase,  deixei o grupo e parti em carreira solo tocando na noite mineira... O primeiro 'hit' mesmo, foi Fácil com a gravação dos meus parceiros do Jota!!! Daí pra frente  muitas canções vieram e outros parceiros gravaram... 

 Na família, a música apareceu primeiramente para qual irmão? Como foi essa troca de figurinha entre vocês? 
Foi tudo ao mesmo tempo, primeiras aulas de violão, primeiras descobertas musicais, primeira banda, primeiros "showzinhos"... 
Tudo junto e misturado!!! rsrs... 



 Lendo sua biografia, percebe-se que no começo você tocou rock anos 80 (Contacto Imediato), rock 'n roll anos 70 e grounge 90 (Capitão Gancho), e até reggae (Omeriah). Mas qual sua real influência? 

Interessante a pergunta, tudo isso que ouvi, toquei e pesquisei nas diferentes épocas da minha vida, formam a base do meu conhecimento musical, ainda houve uma forte pesquisa  e interesse no Blues & Soul, a música negra americana como um todo e, claro, nossa rica MPB!!!

Acredito que conhecimento, experiência, busca por novidades devem sempre acompanhar um  músico, por isso, não paro de ouvir música 'velha' e também o que há de novo no mundo da música!!! O que sou, minha real influência, meu estilo??? É parte de tudo o que vi, ouvi, toquei e senti!!! 

 No começo dos anos 90, o rock mineiro estava efervescente. Skank, Tianastácia, Pato Fu, Jota Quest entre outros, Você conviveu com essa ebulição musical em Minas Gerais
Sim, estava aqui, vendo, ouvindo, tocando, compondo, participando das mesmas festas, festivais, encontros... Sou meio o "caçula" desta geração, rsrs, foi um momento lindo, de grande  produção musical em Minas, após os gloriosos anos de "Clube Da Esquina" e o marasmo dos anos 80 em MG, essa geração trouxe novos conceitos e atividade no nosso Estado, e o grande 'barato' disso tudo é a diversidade de estilos dentro de um mesmo movimento!!! Continuamos todos na batalha, na estrada, vivendo de sonho e indo "aonde o povo está"!!! rsrs... 



Podemos dizer que o lançamento da música “Fácil” foi o divisor de águas na sua carreira? 
Acredito que sim, pro bem e pro mal, já que, ao mesmo tempo, abriu portas no 'mainstream' e me trouxe a visibilidade necessária pra gravar meus primeiros álbuns; mas, por outro lado, me trouxe um rótulo, uma 'corrente' indestrutível do compositor, irmão de um grande artista, de sucesso inegável... O que nunca foi minha pretensão.
EstOu nessa há tanto tempo, mas a mídia e os pouco informados vão sempre fazer uma correlação entre o meu trabalho e o sucesso do Jota. Não tenho interesse nisso, não 'forço essa barra', não me aproveito disso, busco o meu lugar, meu reconhecimento e só isso me faz seguir em frente!!! 

 O ano de 1.999 foi a época de mais shows na sua carreira. Foram 250 né? 
Não tenho certeza se foi a época de mais shows na minha carreira, pois, outros momentos me levaram a estrada pra valer também (Turnê "Lançado Ao Mar" e "Dias Claros")... rsrs. 



Mas foi, certamente, um ano lindo, lançamento do meu primeiro CD, música tocando no rádio, muitas entrevistas, etc... Estava vindo de um momento em que me apresentava muito em BH e interior de Minas, que foi e é, a base do meu público, estava com "a faca nos dentes", rsrs. 

 Como foi a indicação do Grammy Latino de melhor disco de Rock para o “Na Paz”? Fale sobre o disco.



Sempre é bom ter seu trabalho reconhecido, né? Nessa indicação ao Grammy Latino, como na de artista revelação no Prêmio Multishow, me senti muito honrado e feliz por todos os envolvidos nas produções dos álbuns, mas, o que sempre contou e conta pra mim, é o carinho do público com relação as canções... Essas é que vão ficar para sempre ou não!! rsrs. 

"Na Paz" é um disco original, até mesmo, o mais diferente em relação aos outros, tem uma pegada de ao vivo!! Acho que por isso chamou a atenção naquela época, era um álbum de estúdio com pegada de show!!! Até hoje algumas canções estão no repertório!!! 

 Como foi receber elogio de crítica do Nelson Motta, um dos maiores conhecedores de música do Brasil? Fale sobre o CD "Dias Claros". 


Sensacional, Nelsinho é um profundo conhecedor da nossa música, autor, compositor, parceiro de gente de quem sou muito fã, como Lulu Santos, Marisa Monte... Como não ficar feliz de ouvir boas críticas dele!!! Foi um impulso pra seguir acreditando no sonho e, cada vez mais, buscar o caminho certo!!! 

Discorra sobre o projeto #Singles. 


#SINGLES foi um projeto experimental, diferente de tudo o que já tinha feito, 'arriscado' também... rsrs. Abrir a porta 'de casa', isto é, do estúdio, do ensaio, sem edições, sem grandes produções é, no minímo, acreditar 'muito' no que estávamos fazendo!!! rsrs. O que a galera que acompanha meu trabalho mais curtiu com relação ao projeto,  foi a possibilidade de ter em mãos algo único, um pen drive de edição limitada, com 5 músicas totalmente inéditas, seus respectivos videoclipes, documentário com os bastidores de todo o projeto, letras, cifras, fotos, logos, extras, etc... E não apenas 'convencionais' CD ou DVD novos!!! Ficamos muito felizes com a receptividade e, no futuro, repetiremos a dose!!! 

O que você está achando da cena musical atual do Brasil? 
Tem muita coisa boa e muita coisa ruim também!!! rsrss... Mas sempre foi assim né???!!!!  O importante nessa história toda é, e sempre será, a falta de investimento em cultura e educação no nosso País!! 
Temos que cobrar dos nossos representantes no governo mais incentivos nessa direção e, como artista, buscar sempre uma melhor qualidade no que fazemos para as pessoas!! Não adianta chorar, criticar, ou se esconder, temos que fazer a nossa parte no processo!!! 

O seu show é uma mescla de hits seus e de suas influências musicais nacionais? 
Sim, o show é um grande 'baile', com mais de duas horas de duração, reunindo tudo de mais representativo no meu trabalho  como compositor, pra mim e pra outros artistas, e como intérprete de várias coisas que gosto de cantar, tocar, fazer releituras e "botar fogo" na pista!!! rsrs... 



Xará, muito obrigado pela entrevista e o que a galera de Jaú e região pode esperar do show de sábado? 
Eu é que agradeço, vai ser uma oportunidade sensacional estar no GENERAL e fazer uma noite inesquecível pra galera de Jaú!!! 
Valeu xará, nos vemos sábado!!! "Vamo quebrar tudo"!!! 





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