O Blog do Moraes tem o imenso prazer de conversar com o Hit
Maker Wilson Sideral.
Com doze anos de
carreira, quatro álbuns de estúdio lançados, indicações aos prêmios GraammyLatino e Prêmio Multishow de Música Brasileira, quatro canções em
trilhas de novela, composições com seu irmão Rogério
Flausino como Fácil, Na Moral e Já Foi,
Wilson Sideral é um dos destaques do cenário Pop Rock Brasileiro e se apresentará aqui em Jaú no General
bar.
Fala Sideral, é um prazer conversar com você. Diz pro blog
como a música apareceu para você?
Tudo começou dentro da casa
dos meus pais (avós, tios...), a música é paixão de família, meus avós,
tios, primos, todo mundo, lá de casa, toca um violão e canta... Cresci nesse
ambiente muito musical, ouvindo sons de todas as gerações e, aos 8 anos,
já me interessei em aprender o violão!!!
Daí em diante, não quis mais
parar!!! rsrs...
Como você percebeu o seu tino para compor?
Quem gravou suas primeiras músicas?
Bem cedo, logo aos 12 anos
comecei a me arriscar a escrever "musiquinhas", rsrs, minha mãe era
minha professora e gramática, literatura e redação, sempre me incentivou
nisso... As primeiras canções eram coisa de adolescente mesmo, tocávamos
nos "showzinhos" do quintal, no colégio, bares de Alfenas-MG!!!
Época boa, de formação de
caráter e gosto musical!! Profissionalmente, minhas primeiras músicas
gravadas foram pela primeira banda da qual fiz parte em BH, chamada
OMERIAH (banda de reggae dos anos 90 e pouco...), gravamos pelo selo Plug da
BMG. Logo após essa fase, deixei o grupo e parti em carreira solo tocando
na noite mineira... O primeiro 'hit' mesmo, foi Fácil com a gravação dos
meus parceiros do Jota!!! Daí pra frente
muitas canções vieram e outros parceiros gravaram...
Na família, a música apareceu primeiramente
para qual irmão? Como foi essa troca de figurinha entre vocês?
Foi tudo ao mesmo tempo,
primeiras aulas de violão, primeiras descobertas musicais, primeira banda, primeiros
"showzinhos"...
Tudo junto e misturado!!!
rsrs...
Lendo sua biografia, percebe-se que no começo
você tocou rock anos 80 (Contacto Imediato), rock 'n roll anos 70 e grounge 90
(Capitão Gancho), e até reggae (Omeriah). Mas qual sua real influência?
Interessante a pergunta,
tudo isso que ouvi, toquei e pesquisei nas diferentes épocas da minha vida,
formam a base do meu conhecimento musical, ainda houve uma forte pesquisa e
interesse no Blues & Soul, a música negra americana como um todo e, claro,
nossa rica MPB!!!
Acredito que conhecimento,
experiência, busca por novidades devem sempre acompanhar um músico, por
isso, não paro de ouvir música 'velha' e também o que há de novo no mundo da
música!!! O que sou, minha real influência, meu estilo??? É parte de tudo o que
vi, ouvi, toquei e senti!!!
No começo dos anos 90, o rock mineiro estava
efervescente. Skank, Tianastácia, Pato Fu, Jota Quest entre outros, Você
conviveu com essa ebulição musical em Minas Gerais ?
Sim, estava aqui, vendo, ouvindo,
tocando, compondo, participando das mesmas festas, festivais, encontros... Sou
meio o "caçula" desta geração, rsrs, foi um momento lindo, de
grande produção musical em
Minas, após os gloriosos anos de "Clube Da Esquina" e o marasmo dos
anos 80 em MG, essa geração trouxe novos conceitos e atividade no nosso Estado,
e o grande 'barato' disso tudo é a diversidade de estilos dentro de um
mesmo movimento!!! Continuamos todos na batalha, na estrada, vivendo de sonho e
indo "aonde o povo está"!!! rsrs...
Podemos dizer que o lançamento da música “Fácil” foi o
divisor de águas na sua carreira?
Acredito que sim, pro bem e
pro mal, já que, ao mesmo tempo, abriu portas no 'mainstream' e me trouxe a
visibilidade necessária pra gravar meus primeiros álbuns; mas, por outro
lado, me trouxe um rótulo, uma 'corrente' indestrutível do compositor, irmão de
um grande artista, de sucesso inegável... O que nunca foi minha pretensão.
EstOu nessa há tanto tempo,
mas a mídia e os pouco informados vão sempre fazer uma correlação entre o meu
trabalho e o sucesso do Jota. Não tenho interesse nisso, não 'forço essa
barra', não me aproveito disso, busco o meu lugar, meu reconhecimento e só isso
me faz seguir em frente!!!
O ano de 1.999 foi a época de mais shows na
sua carreira. Foram 250 né?
Não tenho certeza se foi a
época de mais shows na minha carreira, pois, outros momentos me levaram a
estrada pra valer também (Turnê "Lançado Ao Mar" e "Dias
Claros")... rsrs.
Mas foi, certamente, um ano
lindo, lançamento do meu primeiro CD, música tocando no rádio, muitas
entrevistas, etc... Estava vindo de um momento em que me apresentava muito
em BH e interior de Minas, que foi e é, a base do meu público, estava com
"a faca nos dentes", rsrs.
Como foi a indicação do Grammy Latino de
melhor disco de Rock para o “Na Paz”? Fale sobre o disco.
Sempre é bom ter seu
trabalho reconhecido, né? Nessa indicação ao Grammy Latino, como na de artista
revelação no Prêmio Multishow, me senti muito honrado e feliz por todos
os envolvidos nas produções dos álbuns, mas, o que sempre contou e conta
pra mim, é o carinho do público com relação as canções... Essas é que vão ficar
para sempre ou não!! rsrs.
"Na Paz" é um
disco original, até mesmo, o mais diferente em relação aos outros, tem uma
pegada de ao vivo!! Acho que por isso chamou a atenção naquela época, era um
álbum de estúdio com pegada de show!!! Até hoje algumas canções estão no
repertório!!!
Como foi receber elogio de crítica do Nelson
Motta, um dos maiores conhecedores de música do Brasil? Fale sobre o CD
"Dias Claros".
Sensacional, Nelsinho é um
profundo conhecedor da nossa música, autor, compositor, parceiro de gente de
quem sou muito fã, como Lulu Santos, Marisa Monte... Como não ficar feliz
de ouvir boas críticas dele!!! Foi um impulso pra seguir acreditando no sonho
e, cada vez mais, buscar o caminho certo!!!
Discorra sobre o projeto #Singles.
#SINGLES foi um projeto
experimental, diferente de tudo o que já tinha feito, 'arriscado' também...
rsrs. Abrir a porta 'de casa', isto é, do estúdio, do ensaio, sem edições,
sem grandes produções é, no minímo, acreditar 'muito' no que estávamos
fazendo!!! rsrs. O que a galera que
acompanha meu trabalho mais curtiu com relação ao projeto, foi a
possibilidade de ter em mãos algo único, um pen drive de edição limitada, com 5
músicas totalmente inéditas, seus respectivos videoclipes, documentário
com os bastidores de todo o projeto, letras, cifras, fotos, logos, extras,
etc... E não apenas 'convencionais' CD ou DVD novos!!! Ficamos muito felizes
com a receptividade e, no futuro, repetiremos a dose!!!
O que você está achando da cena musical atual do
Brasil?
Tem muita coisa boa e muita
coisa ruim também!!! rsrss... Mas sempre foi assim né???!!!! O importante
nessa história toda é, e sempre será, a falta de investimento em cultura e
educação no nosso País!!
Temos que cobrar dos nossos
representantes no governo mais incentivos nessa direção e, como artista, buscar
sempre uma melhor qualidade no que fazemos para as pessoas!! Não adianta
chorar, criticar, ou se esconder, temos que fazer a nossa parte no
processo!!!
O seu show é uma mescla de hits seus e de suas influências
musicais nacionais?
Sim, o show é um grande
'baile', com mais de duas horas de duração, reunindo tudo de mais representativo
no meu trabalho como compositor, pra mim e pra outros artistas, e como
intérprete de várias coisas que gosto de cantar, tocar, fazer releituras e
"botar fogo" na pista!!! rsrs...
Xará, muito obrigado pela entrevista e o que a galera de
Jaú e região pode esperar do show de sábado?
Eu é que agradeço, vai ser
uma oportunidade sensacional estar no GENERAL e fazer uma noite inesquecível
pra galera de Jaú!!!
Valeu xará, nos vemos
sábado!!! "Vamo quebrar tudo"!!!
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