quinta-feira, 1 de março de 2012

Vocês conhecem o Di Melo?

                     "Ai ai meu Deus do céu como eu sofri ao ver a natureza morta"





Estava ontem tomando o meu chopinho na Shed quando aparece Betinho Padrenosso com um cd fantástico.

Era a gravação de um disco de Di Melo. O artista foi apresentado para o Beto pelo quase homônimo Dill Melo, o Dill da Vambora.

O som é fantástico. Mistura groove e soul setentista com a MPB dos anos 70 com pegada a lá invasão nordestina que houve naquela década.

Eu nunca tinha ouvido falar de Di Melo e o som é simplesmente contagiante.

O disco que ouvi parece-me que é o único do compositor do Recife e foi lançado em 1.975 com a participação e produção musical de Hermeto Paschoal e Heraldo do Monte.



O LP fez  sucesso e as músicas que mais emplacaram foram Kilariô, A vida em seus métodos diz calma e Se meu mundo acabasse em mel.

Veja a sonzera de Kilariô e Se meu mundo acabasse em mel. Puro black nacional!!





O disco foi relançado em 2.002 pelo projeto de Charles Gavin Odeon 100 anos.



Na década de 90, as músicas de Di Melo voltaram a tocar nas pistas de através de D.J.s ingleses que ouviram a música A vida em seus métodos na coletânea Blues Brazil.

Veja este vídeo da música em 2.009


Mas para mim, a melhor é a Pernalonga:




O músico ainda foi tema do documentário Di Melo, O Imorrível e participou ainda do clipe do Black Eyede Peas, Dont Stop the Party.

Trailler do documentário:



Di Melo lançou um disco só mas acredita-se que ele tem 400 músicas inéditas compostas.



Escute parte das músicas do disco do cantor: http://cliquemusic.uol.com.br/discos/ver/di-melo

“Eu, Roberto de Melo Santos, pernambucano, recifense, em arte Dimelo, venho desde cedo, me ramificando e perseguindo o rumo das artes, ou seja, nas áreas de canto, da composição, da poesia, do entalhe, da pintura e da interpretação. Me envolvo, me apego por inteiro e me entrego de corpo, coração e mente a tudo aquilo que me predisponho a fazer. Não sei se é um erro ou virtude, porém, de nenhuma outra forma que possa concluir eu consigo me ver diferente.”


Clique aqui e veja esta matéria muito boa com Di Melo no site Cultura Brasil






http://www.culturabrasil.com.br/programas/radarcultura/entrevistas-2/di-melo-o-imorrivel-esta-de-volta

TEXTO RETIRADO DO BLOG SAQUEANDO A CIDADE (24/05/11)


"Ai ai meu Deus do céu como eu sofri ao ver a natureza morta"



Tenho o prazer de voltar, por mais breve que seja, a esse blog com um texto de um disco de um conterrâneo meu, Roberto de Melo Santos, Di Melo, o Imorrível.


Eu tenho que ser honesto com vocês, eu tenho um orgulho digno de ser pernambucano e recifense por causa dessa efeverscência cultural da cidade. Toda época tem um baita conterrâneo meu fazendo barulho por aí, Ariano Suassuna, Manuel Bandeira, Luiz Gonzaga, Chico Science, Alceu Valença, Geraldo Azevedo e eu vou parar por aqui para não dizerem que eu falei muita inutilidade.

Enfim, Di Melo traz uma sonoridade diferenciadíssima, misturando o soul e funk ao baião, ao samba e até ao tango ele deu ao Brasil um disco sem igual.

"Kilariô" é um exemplo pulsante desse ritmo novo, ritmo pegado e excitante, com letras e canto que, com certeza, foram inspiração para Chico Science, "Conformópolis" é o tango do qual eu falei, com direito a acordeon e tudo o mais.
Bixo, pra você ter uma noção, a "banda de apoio" dele nesse disco, entre aspas porque é uma bandaça, algo meio Janis e Big Brother, é composta por vários caras, mas eu vou falar só dois, tá? Um deles é um tal de Hermeto Pascoal, flauta e teclados, o outro sujeito é o Dirceu, que tocava com o Gilberto Gil. Tem um terceiro, que é o acordeonista (tá certo isso?!) que por vezes acompanhou o Astor Piazzolla, mas eu não acho o nome do sujeito em canto nenhum, se alguém possuir a informação manifeste-se.

Enfim, terminando, por finalizar e já nos finalmentes, tem um site aí dele (clique aqui), aparentemente ele voltou à mídia recentemente não custa nada visitar





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