quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Prêmio Vladimir Herzog


Vendo a ESPN Brasil na segunda-feira, assisti a matéria de que duas reportagens da emissora ganharam o Prêmio Vladimir Herzog.

Vladimir foi um jornalista conceituado, diretor da TV Cultura brutalmente assassinado nos porões da Censura na ditadura militar (abaixo breve biografia dele) 

Ai fui pesquisar sobre a premiação em si e ela foi criada em 1.977 dois anos após a morte de Wladimir com o objetivo de estimular os jornalistas, na época da censura, a fazerem matérias que denunciassem o sistema vigente na época, qual seja, ditadura militar. 



Voltando a democracia, os prêmios continuaram com o objetivo de divulgar a luta pela cidadania e contra a violação dos Direitos Humanos.

Anualmente são premiados onze categorias:
Livro-reportagem/Artes/ Fotografia/Jornais/Literatura/Rádio/Revista/Teatro/TV-Documentário e/ou especial/ TV - Jornalismo Diário e Imagem da TV

A Espn Brasil venceu na categoria TV-Reportagem (Guerra do Araguaia 1 e 2 de Marcelo Gomes, Roberto Salim e Cristina Pustiglioni, exibida no História dos Esportes ) e TV -Documentário (Haiti - o País dos Rest Avec de Lucio de Castro)




O site do Prêmio  é muito bom. Se você clicar no link  Trabalhos Premiados, lá você encontra vários para baixar e conhecer. 


VLADIMIR HERZOG


Fizemos uma compilação em sites da vida do jornalista. Siga:



"Quando perdemos a capacidade de nos indignarmos ante atrocidades sofridas por outros, perdemos também o direito de nos considerarmos seres humanos civilizados"

Jornalista brasileiro de origem iugoslava (1937-1975). Sua morte por asfixia, ocorrida nas dependências do DOI-Codi, em São Paulo, provoca indignação e manifestações de protesto contra a ditadura militar. Nasce em Osijek, na Croácia, filho único de uma família judia.

Chega ao Brasil com os pais aos 9 anos, procedente da Itália, onde vive de 1940 até 1945, quando começa a II Guerra Mundial. Forma-se em filosofia na Universidade de São Paulo (USP) em 1961. Começa a carreira de jornalista no final da década de 50, no jornal O Estado de S.Paulo e, mais tarde, torna-se editor da revista Visão.

Exerce a direção do departamento de jornalismo da TV Cultura, em 1975, quando é chamado para depor no DOI-Codi, órgão do 2º Exército encarregado da repressão aos movimentos de esquerda na época. A convocação tem por base sua suposta ligação com o Partido Comunista Brasileiro (PCB). Herzog é encarcerado, submetido a torturas e morre nas dependências do DOI-Codi - de acordo com o Exército, vítima de suicídio por enforcamento.




Gerando uma onde protestos de toda a imprensa mundial, mobilizando e iniciando um processo internacional em prol dos Direitos Humanos na América Latina, a morte de Herzog impulsionou fortemente o movimento pelo fim da ditadura militar. 
Diante da agonia de saber se Herzog havia se suicidado ou se havia sido morto pelo Estado, criaram-se comportamentos e atitudes sociais de revolução. Em 1976, por exemplo, Gianfracesco Guarnieri escreveu Ponto de Partida, espetáculo teatral que tinha o objetivo de mostrar a dor e a indignação da sociedade brasileira diante do ocorrido.

"Poderosos e dominados estão perplexos e hesitantes,impotentes e angustiados. Contendo justos gestos de ódio e revolta, taticamente recuando diante de forças transitoriamente invencíveis. Um dia os tempos serão outros. Diante de um homem morto, todos precisam se definir. Ninguém pode permanecer indiferente. A morte de um amigo é a de todos nós. Sobre tudo quando é o Velho que assassina o Novo"




A família entra com processo exigindo a classificação de sua morte como crime de assassinato. Em outubro de 1978, a justiça declara a União responsável pela morte de Herzog. Um decreto assinado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1997, com base na Lei dos Desaparecidos Políticos, concede uma indenização de 100 mil reais aos familiares do jornalista.

Em 2009, mais de 30 anos após a morte de Vladimir, surge o Instituto Vladimir Herzog http://www.vladimirherzog.org/. O Instituto destina-se a três objetivos: organizar todo o material jornalístico sobre a história de Vladimir, como meio de auxílio a estudantes, pesquisadores e outros interessados em sua vida e obra;[13] promover debates sobre o papel do jornalista e também discutir sobre as novas mídias

fonte: site Algo Sobre e Wikipédia






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