1) Fala Luciano, td bem? Bem vindo ao nosso Blog. Para começar, quando despertou a música para você?
Olá Moraes, tudo ótimo rapaz...O prazer é todo meu. Bom, eu comecei a gostar de música aos 6, 7 anos quando meu pai comprou um rádio e várias fitas da Roberta Miranda (parece brincadeira né, mas é verdade!), eu ouvia tudo, adorava a canção “Meu Dengo” rsrs...
Agora, conheci o rock com meu primo Mário, alguns anos mais velho que eu, ele tinha vários discos do Iron Maiden, Mötley Crüe, e todos os Hard Rock farofa dos anos 80, adorava as capas dos LPs também.
Mas foi quando vi, aos 8 ou 9 anos, na Sessão da Tarde, o filme “Kiss e o Fantasma do Parque” que minha cabeça explodiu! Aí não teve mais volta...
Ah, foram apenas duas! Mas tudo começou com algumas apresentações que eu e meu primo Marcio fizemos na Expo Jaú de 1.999 no estande do Tiro de Guerra, dessa parceria, surgiu a idéia de montarmos o Avisavizinha, que durou até o início do 2.006, meses depois, junto com alguns integrantes do Avisa, surgiu a Gato Carteiro, que está aí até hoje.
3) A cidade no começo dos anos 2.000 passou por uma efervescência de bandas e composições próprias. Parece que a cena deu uma esfriada. Porque isso aconteceu?
Acho que tudo tem um ciclo, algo que começa e acaba. Se lembrarmos de uma época anterior a essa, o que se via no cenário musical jauense eram as bandas baile dominando as festas. Duas, três bandas baile tocando na mesma noite num AERO lotado. Acabou saturando um pouco, e com isso abriu espaço pras bandas de rock acontecerem, aí apareceram os bares, festas e sempre com banda de rock tocando.
Sem falar do surgimento da Rádio Patrulha que ajudou ainda mais a cena rockeira que se formava, e incentivou diversas bandas a compor material próprio. Mas, com o tempo os bares foram diminuindo, as festas não aconteciam mais, e muitas daquelas bandas acabaram, o que enfraqueceu a cena.
4) Qual o cenário atual musical local? E do Brasil?
O cenário musical local é um reflexo do mundo em que vivemos. Uma era de informação rápida, de fácil acesso, e muito variada. Então o que você vê é um público eclético e uma cena que abre espaço pra todos os estilos musicais. É claro que com a cena dividida sobram poucas oportunidades pras bandas de rock, mas isso acaba por encorajar ainda mais aqueles músicos que ainda batalham e acreditam.
Não tenho nada contra os estilos musicais que dominam o Brasil. O que me deixa triste é ver um país tão grande como o nosso, com tanta variedade, se fechar em um ou dois estilos musicais e bombardear as pessoas com eles. A variedade acaba sendo apenas no número de cores fluorescentes em calças apertadas demais...(RS)
5) Você acompanhou o Rock in Rio. Quais os destaques positivos e negativos do festival?
Existe sempre a polêmica das atrações que não tem nada a ver com o Rock, mas dessa vez achei que houve uma certa coerência. Essas bandas se apresentaram em dias distintos, muito bem divididas e tocando para um público específico pra elas. Achei válido.
Achei a apresentação do Coldplay emocionante mesmo, e muito ousada se você pensar que os caras encheram o repertório de músicas do novo disco e tocaram poucos clássicos. O público foi receptivo a isso e o show foi demais. System of a Down foi muito bom também. Meu sono e o atraso do Axl me impediram de ver o Gun’s n’Roses.
Foi tranqüila na medida do possível. O Avisavizinha era muito especial pra mim. Uma banda que explorava novas maneiras de se expressar através da música, e que não tinha medo de errar. A partir do momento em que essas características deixaram de ser espontâneas, tornando-se algo mecânico e obrigatório, achei que não era justo continuar. E não é fácil terminar algo que você construiu. Mas, achei que seria mais sincero comigo mesmo se parasse antes de transformar a banda em algo que não tinha a ver essa sua essência.
A Gato Carteiro surgiu naturalmente, da vontade de continuar a tocar e se divertir com os amigos, e embora tenha algumas semelhanças com o Avisa, acho ela mais solta, despojada e espontânea que a anterior.
7) De onde vem a influência do som, da performance e o do figurno da banda Gato Carteiro?
Sempre acho complicado falar de influências, pois acredito que elas vão além do musical. Às vezes a influência vem de algum livro que você leu, algo que viu ou vivenciou durante um dia normal de trabalho, enfim, de tudo. Agora, quanto a performances é algo muito natural, espontâneo e sincero. Quem nos conhece sabe que temos esse “jeitão”.
Em relação ao figurino, é um tal de fuçar em brechó, roubar roupa da vó, do pai, da mãe...e só....(rsrsrs) Nada muito pensado.
8) A banda tomou um rumo diferente com a entrada do Adriano Milani. Qual o momento atual da banda?
O Adriano é um dos músicos mais completos e versáteis da região. Isso não há dúvida. Com ele na banda, aumentamos as possibilidades dentro do repertório, já que além dele tocar guitarra, também canta, e ele trouxe uma pegada diferente, mais solta e despreocupada. Porém, o mais legal é o alto astral que ele tem, não tem tempo ruim pra ele, e isso contagia a todos na banda.
E é por isso que esse é o melhor momento da banda, estamos felizes. Somos quatro grandes amigos que, embora levem isso muito a sério, primeiramente, querem se divertir.
9) Qual a projeção que você faz para o primeiro cd da Gato Carteiro.
Single lançado pela banda há dois anos |
Já estamos trabalhando em novas canções e ensaiando algum material que já havia sido composto. Nos próximos meses, com certeza, haverá novidades. E num futuro breve, o disco sairá. E posso garantir que será um álbum feito com muito carinho, dedicação e sinceridade. Tenho isso como uma grande realização pessoal a ser feita.
Obrigado Moraes, pela força e confiança. E gostaria de aproveitar pra agradecer todo o carinho com que o público vem nos recebendo, e dizer que toda vez que estivermos num palco, seja ele qual for, tenham a certeza de que estamos ali dando o melhor de nós...Obrigado a todos!
JOGO RÁPIDO
- Primeiro show que viu:
- Primeiro show que tocou:
Estraguei o show do Matahare cantando Rock n Roll All Nite no coquetel da minha formatura do Ensino Médio. (rsrsrs)
- Show inesquecível que viu:
- Show inesquecível que tocou:
Com o Avisavizinha, a final do 96 Fest Rock, na Cervejaria dos Monges em Bauru, em 2.004, pra quase 3.000 pessoas, e onde saímos campeões. Com a Gato Carteiro todos estão sendo inesquecíveis, de verdade!
- Artista do Brasil e do Mundo:
- Artista de Jaú:
Ah, tem que ser vários: Alexandre Lazzari, Carlão Fracisquini, Betinho Padrenosso, Paulo Pin, Shantall, Daniel Priori...entre outros.
Alexandre Lazzari |
- Disco Preferido:
Impossível essa, me desculpe!
- Música preferida de Jaú:
Manga Rosa
- A música para você é:
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