terça-feira, 4 de outubro de 2011

Blog entrevista Luciano Penedo

O Blog do Moraes entrevista o vocalista, músico e compositor da Gato Carteiro  Luciano Penedo.



1) Fala Luciano, td bem? Bem vindo ao nosso Blog. Para começar, quando despertou a música para você?

Olá Moraes, tudo ótimo rapaz...O prazer é todo meu. Bom, eu comecei a gostar de música aos 6, 7 anos quando meu pai comprou um rádio e várias fitas da Roberta Miranda (parece brincadeira né, mas é verdade!), eu ouvia tudo, adorava a canção “Meu Dengo” rsrs...





Agora, conheci o rock com meu primo Mário, alguns anos mais velho que eu, ele tinha vários discos do Iron Maiden, Mötley Crüe, e todos os Hard Rock farofa dos anos 80, adorava as capas dos LPs também.

Mas foi quando vi, aos 8 ou 9 anos, na Sessão da Tarde, o filme “Kiss e o Fantasma do Parque” que minha cabeça explodiu! Aí não teve mais volta...



2) Faça um breve histórico das bandas que você participou?



Ah, foram apenas duas! Mas tudo começou com algumas apresentações que eu e meu primo Marcio fizemos na Expo Jaú de 1.999 no estande do Tiro de Guerra, dessa parceria, surgiu a idéia de montarmos o Avisavizinha, que durou até o início do 2.006, meses depois, junto com alguns integrantes do Avisa, surgiu a Gato Carteiro, que está aí até hoje.



3) A cidade no começo dos anos 2.000 passou por uma efervescência de bandas e composições próprias. Parece que a cena deu uma esfriada. Porque isso aconteceu?

Acho que tudo tem um ciclo, algo que começa e acaba. Se lembrarmos de uma época anterior a essa, o que se via no cenário musical jauense eram as bandas baile dominando as festas. Duas, três bandas baile tocando na mesma noite num AERO lotado. Acabou saturando um pouco, e com isso abriu espaço pras bandas de rock acontecerem, aí apareceram os bares, festas e sempre com banda de rock tocando.



Sem falar do surgimento da Rádio Patrulha que ajudou ainda mais a cena rockeira que se formava, e incentivou diversas bandas a compor material próprio. Mas, com o tempo os bares foram diminuindo, as festas não aconteciam mais, e muitas daquelas bandas acabaram, o que enfraqueceu a cena.

4) Qual o cenário atual musical local? E do Brasil?

O cenário musical local é um reflexo do mundo em que vivemos. Uma era de informação rápida, de fácil acesso, e muito variada. Então o que você vê é um público eclético e uma cena que abre espaço pra todos os estilos musicais. É claro que com a cena dividida sobram poucas oportunidades pras bandas de rock, mas isso acaba por encorajar ainda mais aqueles músicos que ainda batalham e acreditam.

Não tenho nada contra os estilos musicais que dominam o Brasil. O que me deixa triste é ver um país tão grande como o nosso, com tanta variedade, se fechar em um ou dois estilos musicais e bombardear as pessoas com eles. A variedade acaba sendo apenas no número de cores fluorescentes em calças apertadas demais...(RS)

5) Você acompanhou o Rock in Rio. Quais os destaques positivos e negativos do festival?

Existe sempre a polêmica das atrações que não tem nada a ver com o Rock, mas dessa vez achei que houve uma certa coerência. Essas bandas se apresentaram em dias distintos, muito bem divididas e tocando para um público específico pra elas. Achei válido.




Achei a apresentação do Coldplay emocionante mesmo, e muito ousada se você pensar que os caras encheram o repertório de músicas do novo disco e tocaram poucos clássicos. O público foi receptivo a isso e o show foi demais. System of a Down foi muito bom também. Meu sono e o atraso do Axl me impediram de ver o Gun’s n’Roses.

6) Como foi a transição do Avisa para a Gato Carteiro?



Foi tranqüila na medida do possível. O Avisavizinha era muito especial pra mim. Uma banda que explorava novas maneiras de se expressar através da música, e que não tinha medo de errar. A partir do momento em que essas características deixaram de ser espontâneas, tornando-se algo mecânico e obrigatório, achei que não era justo continuar. E não é fácil terminar algo que você construiu. Mas, achei que seria mais sincero comigo mesmo se parasse antes de transformar a banda em algo que não tinha a ver essa sua essência.



A Gato Carteiro surgiu naturalmente, da vontade de continuar a tocar e se divertir com os amigos, e embora tenha algumas semelhanças com o Avisa, acho ela mais solta, despojada e espontânea que a anterior.

7) De  onde vem a influência do som, da performance e o do figurno da banda Gato Carteiro?

Sempre acho complicado falar de influências, pois acredito que elas vão além do musical. Às vezes a influência vem de algum livro que você leu, algo que viu ou vivenciou durante um dia normal de trabalho, enfim, de tudo. Agora, quanto a performances é algo muito natural, espontâneo e sincero. Quem nos conhece sabe que temos esse “jeitão”.



Em relação ao figurino, é um tal de fuçar em brechó, roubar roupa da vó, do pai, da mãe...e só....(rsrsrs) Nada muito pensado.

8) A banda tomou um rumo diferente com a entrada do Adriano Milani. Qual o momento atual da banda?

O Adriano é um dos músicos mais completos e versáteis da região. Isso não há dúvida. Com ele na banda, aumentamos as possibilidades dentro do repertório, já que além dele tocar guitarra, também canta, e ele trouxe uma pegada diferente, mais solta e despreocupada. Porém, o mais legal é o alto astral que ele tem, não tem tempo ruim pra ele, e isso contagia a todos na banda.

E é por isso que esse é o melhor momento da banda, estamos felizes. Somos quatro grandes amigos que, embora levem isso muito a sério, primeiramente, querem se divertir.

9) Qual a projeção que você faz para o primeiro cd da Gato Carteiro.


Single lançado pela banda há dois anos
Já estamos trabalhando em novas canções e ensaiando algum material que já havia sido composto. Nos próximos meses, com certeza, haverá novidades. E num futuro breve, o disco sairá. E posso garantir que será um álbum feito com muito carinho, dedicação e sinceridade. Tenho isso como uma grande realização pessoal a ser feita.

10) Um abraço e boa sorte pra ti nessa nova fase do Gato Carteiro. Bom show na sexta.




Obrigado Moraes, pela força e confiança. E gostaria de aproveitar pra agradecer todo o carinho com que o público vem nos recebendo, e dizer que toda vez que estivermos num palco, seja ele qual for, tenham a certeza de que estamos ali dando o melhor de nós...Obrigado a todos!

JOGO RÁPIDO


- Primeiro show que viu:

Estado de Shock na quadra da escola Álvaro Fraga.

Estado de Shock

- Primeiro show que tocou:


Estraguei o show do Matahare cantando Rock n Roll All Nite no coquetel da minha formatura do Ensino Médio. (rsrsrs)


- Show inesquecível que viu:


Ah! Paulinho McCartney no Morumbi, ano passado! FODA!





- Show inesquecível que tocou:


Com o Avisavizinha, a final do 96 Fest Rock, na Cervejaria dos Monges em Bauru, em 2.004, pra quase 3.000 pessoas, e onde saímos campeões. Com a Gato Carteiro todos estão sendo inesquecíveis, de verdade!

- Artista do Brasil e do Mundo:


Arnaldo Baptista e Paul McCartney.





- Artista de Jaú:


Ah, tem que ser vários: Alexandre Lazzari, Carlão Fracisquini, Betinho Padrenosso, Paulo Pin, Shantall, Daniel Priori...entre outros.


Alexandre Lazzari

- Disco Preferido:


White Album (The Beatles)
- Música preferida do Brasil e do Mundo:


Impossível essa, me desculpe!


- Música preferida de Jaú:

Manga Rosa

- A música para você é:


Arte. Em sua maneira mais bonita de se expressar







Nenhum comentário:

Postar um comentário