"Sempre que me perguntavam como eu gostaria de ser
lembrado, respondia: "Com um sorriso"."
Paul McCartney.
Paul McCartney.
Eu sempre gostei de Beatles. Mas
nunca tanto como agora.
Comecei a me interessar por música
no final dos anos 80, ouvindo as bandas de Jaú, aquela história toda que já contei
aqui. O Beatles sempre caminhava junto mas não era a minha banda preferida. Eu era
muito mais aficcionado pelo rock nacional do que por qualquer outra coisa.
Ai ouvia as bandas tocarem uma
aqui, outra acolá. Ai o Tido começou a fazer o seu Memphis Beatles Festival. E
comecei a ouvir outras coisas do Fab Four.
O primeiro festival dos Beatles,
realizado, se não me engano, em 1.998, foi vencido pelos Patrões. Veja essa relíquia
abaixo. É uma viagem ver a moçada curtindo...
Eu não fui nesta edição e sim na
outra, vencida pelo Matahare. Aliás, uma disputa contestada que arranjou discussões
em minha coluna no Vejau (a fatídica Pergunte ao Wilson que o Moraes responde).
As pessoas achavam que o Lord Byron liderado por Rafael Agostini e o
Avisavizinha mereciam ganhar. Foi uma discussão dura. Ahah
O Matahare executou Roll Over
Bethoven e Twist and Shout, duas músicas que não são de composição dos Beatles.
A discussão começou por ai também. Mas foi uma grande apresentação da banda. O
Matahare tocou naquele dia com PC, Zezão, Gigão e com a participação de Rodrigo
Galdino e Mir de Oliveira.
Mas naquele dia, o Abbey Road se
apresentou e vi um cover dos Beatles ao vivo pela primeira vez. Lembro que no final, subiu as bandas melhores
colocados pra cantar um Hey Jude e o Galdino simplesmente destruiu junto com o
Cesar Kiles.
Com o passar do tempo,
comecei a me interessar e me aprofundar
pelo Fab Four.
Certa vez estava em um domingo no
Fabios bar com o Rafael Ometto e fomos até a casa dele. O vocalista do
Marighela morava na Zezinho Magalhães ainda. Entramos na casa dele e o cara me
mostra um show do Paul McCartney.
O show era Back in the US de 2.002. Era a volta do Macca aos palcos
americanos. O cara escolheu o repertório a dedo e fixou a banda que está até
hoje com ele .
Eu simplesmente fiquei fascinado com o show. Na hora do All my
loving, aquele senhor chorando, mas chorando para dentro, com emoção, com
saudade, lembrando a época áurea do grupo, mexeu comigo. Parece que eu comecei
a perceber qual era desse grupo mesmo.
Veja o vídeo e diga se estou
mentindo...
Aquele show me marcou.
A partir deste show, eu comecei a
ficar maluco pelo conjunto. Percebi que não conhecia. Meu deus do céu, eu não
conhecia Getting Better.
Após o Back in the US, eu conheci
realmente Beatles e Paul.
No General fizemos alguns
Beatles, como Abbey Road em 2.003 com a sua formação clássica com Cesar Kiles,
Orah Neves, Ubiratan e Renato na bateria. Ai em 2004, a banda já veio com
substitutos. Nunca mais voltou.
Em 2.005, trouxemos em um projeto
chamado Terça Cover, uma molecada de São Carlos chamada Beatles One. E eles
eram moleques mesmo, 16 anos.. um tinha 14. General bufado e eles destruindo.
Hoje em dia, eles pouco ficam no Brasil. Moram em Liverpool
Em 2.006 fizemos o Zoombeatles. Quando da saída de Cesar Kiles e
sua trupe do Abbey Road, trouxemos o Just Beatles no ano de 2.007, com relativo
sucesso. Em 2.007 fizemos um Dream Band da galera de Jaú. Muito bom também. No mesmo ano, trouxemos o divertido Thunderbird com o seu Beatles Forevis.
Fora trabalho, continuei atrás dos shows do Paul. O cara
achou a formação ideal para a sua banda pós Wings com Rusty Anderson (guitarra solo), Brian Ray (guitarra base), Abel Laboriel Jr. na bateriaa, e Paul Wickens
nos teclados.
O show (um pouco de documentário
também) da Praça Vermelha na Rússia é apoteótico. O Back is URSS na Rússia é
emocionante. E pessoas, políticos, ativistas da época do comunismo dizendo que
os Beatles foram a maior influência ocidental para o país é de arrepiar.
Veja o Back is URSS lá:
E em 2.010 tive o prazer de ter
um dos maiores momentos da minha vida. Ver Paul McCartney ao vivo e no Morumbi
ainda, estádio do meu Tricolor.
Mesmo com as intervenções humorísticas
de meu primo Juquinha, o show foi fantástico. 2 horas e 50 de show. Uns três bizz.
A nata das músicas dos Beatles, do Wings e da carreira solo. Uma apoteose. Show
de música.
Daria para ficar falando do show
o tempo inteiro. Mas falarei do momento mais emocionante que foi Something
(versão do Tributo do George). Pelo amor de deus, o Morumbi, parecia a Paz de
Cristo. Todo mundo se abraçava. Impressionante, hehee
Esta versão que rolou:
E a última vez que me emocionei
com o Paul não foi ele cantando mas sim uma homenagem que fizeram para ele com
a presença de Steven Tyler, Dave Grohl, Nora Jones etc...
Demais da conta !! Vejam:
Paul McCartney se apresentou no
Grammy deste ano e agora no Jubileu de Diamante da Rainha Inglaterra.
E garantida a presença dele na cerimônia de Abertura das Olimpíadas. E dizem as más línguas que será com Ringo e os filhos de George e Lennon. Eu só acredito vendo.
Depois daquele dia na casa do
Rafa Ometto, em 2.002, quando ele me mostrou o Back in the Us, aprendi
realmente o que é Beatles.
Aprendi através de Paul McCartney,
a música do Fab Four, suas influências e o real significado do valor da banda
para o mundo.
E hoje é aniversário do maior
artista do mundo em atividade – Sir Paul McCartney
E olha o que ele disse hoje:
“Se estou realmente aproveitando
tudo isso, para que me aposentar?”
Vida longa ao novo setentão.
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