terça-feira, 19 de junho de 2012

Mccartney Setentão se transforma no maior artista do mundo


                                                                            


"Sempre que me perguntavam como eu gostaria de ser lembrado, respondia: "Com um sorriso"."
Paul McCartney.


Eu sempre gostei de Beatles. Mas nunca tanto como agora.

Comecei a me interessar por música no final dos anos 80, ouvindo as bandas de Jaú, aquela história toda que já contei aqui. O Beatles sempre caminhava junto mas não era a minha banda preferida. Eu era muito mais aficcionado pelo rock nacional do que por qualquer outra coisa.

Ai ouvia as bandas tocarem uma aqui, outra acolá. Ai o Tido começou a fazer o seu Memphis Beatles Festival. E comecei a ouvir outras coisas do Fab Four. 

O primeiro festival dos Beatles, realizado, se não me engano, em 1.998, foi  vencido pelos Patrões. Veja essa relíquia abaixo.  É uma viagem ver a moçada curtindo...





Eu não fui nesta edição e sim na outra, vencida pelo Matahare. Aliás, uma disputa contestada que arranjou discussões em minha coluna no Vejau (a fatídica Pergunte ao Wilson que o Moraes responde). As pessoas achavam que o Lord Byron liderado por Rafael Agostini e o Avisavizinha mereciam ganhar. Foi uma discussão dura. Ahah

O Matahare executou Roll Over Bethoven e Twist and Shout, duas músicas que não são de composição dos Beatles. A discussão começou por ai também. Mas foi uma grande apresentação da banda. O Matahare tocou naquele dia com PC, Zezão, Gigão e com a participação de Rodrigo Galdino e Mir de Oliveira.

Mas naquele dia, o Abbey Road se apresentou e vi um cover dos Beatles ao vivo pela primeira vez. Lembro que no final, subiu as bandas melhores colocados pra cantar um Hey Jude e o Galdino simplesmente destruiu junto com o Cesar Kiles.

Com o passar do tempo, comecei  a me interessar e me aprofundar pelo Fab Four. 

Certa vez estava em um domingo no Fabios bar com o Rafael Ometto e fomos até a casa dele. O vocalista do Marighela morava na Zezinho Magalhães ainda. Entramos na casa dele e o cara me mostra um show do Paul McCartney. 




O show era Back in the US de 2.002.  Era a volta do Macca aos palcos americanos. O cara escolheu o repertório a dedo e fixou a banda que está até hoje com ele .




Eu simplesmente fiquei fascinado com o show. Na hora do All my loving, aquele senhor chorando, mas chorando para dentro, com emoção, com saudade, lembrando a época áurea do grupo, mexeu comigo. Parece que eu comecei a perceber qual era desse grupo mesmo.

Veja o vídeo e diga se estou mentindo...   



Aquele show me marcou.

A partir deste show, eu comecei a ficar maluco pelo conjunto. Percebi que não conhecia. Meu deus do céu, eu não conhecia Getting Better.

Após o Back in the US, eu conheci realmente Beatles e Paul.

No General fizemos alguns Beatles, como Abbey Road em 2.003 com a sua formação clássica com Cesar Kiles, Orah Neves, Ubiratan e Renato na bateria. Ai em 2004, a banda já veio com substitutos. Nunca mais voltou. 



Em 2.005, trouxemos em um projeto chamado Terça Cover, uma molecada de São Carlos chamada Beatles One. E eles eram moleques mesmo, 16 anos.. um tinha 14. General bufado e eles destruindo. Hoje em dia, eles pouco ficam no Brasil. Moram em Liverpool 

Em 2.006 fizemos o Zoombeatles. Quando da saída de Cesar Kiles e sua trupe do Abbey Road, trouxemos o Just Beatles no ano de 2.007, com relativo sucesso. Em 2.007 fizemos um Dream Band da galera de Jaú. Muito bom também. No mesmo ano, trouxemos o divertido Thunderbird com o seu Beatles Forevis.



Fora trabalho,  continuei atrás dos shows do Paul. O cara achou a formação ideal para a sua banda pós Wings com  Rusty Anderson (guitarra solo), Brian Ray (guitarra base), Abel Laboriel Jr. na bateriaa, e Paul Wickens nos teclados.



O show (um pouco de documentário também) da Praça Vermelha na Rússia é apoteótico. O Back is URSS na Rússia é emocionante. E pessoas, políticos, ativistas da época do comunismo dizendo que os Beatles foram a maior influência ocidental para o país é de arrepiar.

Veja o Back is URSS lá:



E em 2.010 tive o prazer de ter um dos maiores momentos da minha vida. Ver Paul McCartney ao vivo e no Morumbi ainda, estádio do meu Tricolor. 



Mesmo com as intervenções humorísticas de meu primo Juquinha, o show foi fantástico. 2 horas e 50 de show. Uns três bizz. A nata das músicas dos Beatles, do Wings e da carreira solo. Uma apoteose. Show de música.

Daria para ficar falando do show o tempo inteiro. Mas falarei do momento mais emocionante que foi Something (versão do Tributo do George). Pelo amor de deus, o Morumbi, parecia a Paz de Cristo. Todo mundo se abraçava. Impressionante, hehee

Esta versão que rolou:



E a última vez que me emocionei com o Paul não foi ele cantando mas sim uma homenagem que fizeram para ele com a presença de Steven Tyler, Dave Grohl, Nora Jones etc...

Demais da conta !! Vejam:



Paul McCartney se apresentou no Grammy deste ano e agora no Jubileu de Diamante da Rainha Inglaterra.

E garantida a presença dele na cerimônia de Abertura das Olimpíadas. E dizem as más línguas que será com Ringo e os filhos de George e Lennon. Eu só acredito vendo.

Depois daquele dia na casa do Rafa Ometto, em 2.002, quando ele me mostrou o Back in the Us, aprendi realmente o que é Beatles.

Aprendi através de Paul McCartney, a música do Fab Four, suas influências e o real significado do valor da banda para o mundo.

E hoje é aniversário do maior artista do mundo em atividade – Sir Paul McCartney


E olha o que ele disse hoje:

“Se estou realmente aproveitando tudo isso, para que me aposentar?”

Vida longa ao novo setentão. 


 


                              

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