Teixeira picou a mula.. Covardemente..

Nesta segunda-feira, o Brasil foi surpreendido pela renúncia de Ricardo Teixeira.

O Poderoso Chefão da CBF picou a mula, entregou uma carta de renúncia para José Maria Marin que leu pateticamente emocionado falando dos feitos do ex-Presidente.

Eu confesso que estou receoso com os acontecimentos e com o  futuro do futebol brasileiro. José Maria Marin (nunca vi tanto retrocesso) deixou claro que continuará com o modelo de gestão de Ricardo Teixeira.

A verdade é uma só. Desde 1.958 que Havelange e sua trupe vem exercendo papel de destaque (vários negativos) no comando do futebol brasileiro

João Havelange ficou no comando de 1.958 a 1.975. Havelange, tido e havido como homem-exemplo no mundo do futebol, nas últimas décadas foi acusado de comprar votos de dirigentes da FIFA para garantir as eleições da presidência da FIFA, além de adquirir vantagens pessoais na realização de contratos com a entidade.

Como seu pupilo, em 2.011 renunciou ao COI para fugir das denúncias de corrupção. Na verdade, ele renunciou dois dias antes de sua expulsão. Ele era membro desde 1.963.
Havelange sujou o seu nome ilibado e se tornou farinha do mesmo saco de dirigentes corruptos do mundo.

Pressionado pela ditadura, Havelange larga o osso da até então CBD e de 1.975 a 1.980, o futebol brasileiro foi comandado pelo Almirante Heleno Barros Nunes. No último ano do mandato, a CBD se transforma em CBF.

Heleno aumentou o poder das Federações no futebol. Não se sabe de corrupção na gestão de Heleno Barros. Também, era época da ditadura militar, onde as informações não apareciam de modo algum.

De 1.981 a 1.986, Giulite Coutinho ficou a frente do comando da CBF. Na sua gestão, construiu a Granja Comary. Morreu em 2.009 como um crítico ferrenho da gestão de Ricardo Teixeira. Não se conformava com a perpetuação de poder do genro de Havelange.

Nas eleições de 1.986, Nabi Abi Chedid era  candidato assegurado contra Medrado Dias da chapa de Giulite. Nos bastidores, comentou-se que havia um empate numérico. O que Chedid fez?
Colocou Otavio Pinto Guimarães, com câncer terminal, e ele de vice, pois o critério de desempate era o candidato mais velho. Tudo isso, minutos antes da votação.

No final das contas, Otavio Pinto Guimarães ganhou por um voto. Fez uma gestão confusa, até pelas condições de saúde dele. Nabi Abi Chedid acabou dando com os burros n´agua, pois foi candidato em 1.989 e acabou perdendo as eleições para Ricardo Teixeira.

Teixeira se perpetuou no poder por 23 anos e sua gestão foi marcada por acusações de corrupção que não perderei tempo falando pois todo mundo já sabe.

Há, os títulos... Os títulos foram vencidos pelos jogadores.
Há, o campeonato de pontos corridos. Os pontos corridos foi uma conquista do Estatuto do Torcedor.

Ontem Ricardo Teixeira, covardemente picou a mula, correu, saiu pela tangente, partiu feroz, se pirulitou.

E quem assume o futebol brasileiro é José Maria Marin, dirigente que é lembrado por embolsar uma medalha da Taça São Paulo, presidente da Federação Paulista de Futebol (82-88) e por ter sido vice-governador de Maluf não eleito pelo povo e governador do estado por um ano.  Vale lembrar que quando Marin foi para o Palácio dos Bandeirantes, Waldemar Bauab assumiu a FPF.

Repito, José Maria Marin em entrevista coletiva leu a carta de renúncia de Teixeira pateticamente emocionado prometendo dar continuidade a gestão de Teixeira.

Mesmo sem Ricardo Teixeira, eu juro que não sei o que acontecerá com o futebol brasileiro, eu não sei o que acontecerá com a Copa de 2.014..

Mas uma coisa eu sei, de 1.958 para cá, quem escreveu o nome do futebol brasileiro nos quatro cantos do mundo foram Pelé, Garrincha, Nilton Santos, Didi, Gerson, Tostão, Jairzinho, Zico, Sócrates, Falcão, Ronaldo, Romário, Rivaldo entre outros e não Havelange, Teixeira, Heleno, Nabi, Marin entre outros.

O dia é divisor de águas no futebol brasileiro, mas as coisas por enquanto continuam iguais...