O ilustre e saudoso jauense Chiquinho Brandão faria amanhã 60 anos de idade. Chiquinho morreu precocemente há 20 anos.
Em dezembro de 2.011, fiz uma matéria no blog sobre os 20 anos da morte do jauense. O post do Chiquinho é o quinto mais visualizado da história do nosso blog.
Colei na íntegra este post que fiz ano passado.
CHIQUINHO DE JAHU
Chiquinho foi o inesquecível Professor Parapapopó e participou de filmes como Marvada Carne, Cidade Oculta e de novelas globais como Bebê a Bordo, Top Model e miniséries como Riacho Doce e Sorriso do Lagarto (morreu precocemente por acidente de trânsito durante a época da gravação)
Acredito que a nova geração, a geração jauense facebookiana e de qualquer rede social não sabe da história deste artista brasileiro e muito menos que ele nasceu aqui na nossa cidade.
Chiquinho nasceu no dia 20 de abril de 1.952. É filho de Francisco Brandão e Lucinda Brandão Contador. Francisco e Lucinda moraram em Jaú por uma década e tiveram 5 filhos. Sonia, casado com Claudio Pavanelli de Jaú, Edmundo, Lucindinha, Sandrinha e Mara, além de Francisquinho.
"Sobre
o jeito do Chiquinho...excelente músico, acompanhou Elis Regina em
longa temporada no Teatro Bandeirantes, sempre alegre, comediante "prof
Paropopó na TV Cutura". Se fixou como artista "global" a mais ou menos
22 anos. Sempre mencionou Jahu, uma vez quando Ana Paula(filha mais velha de Beto)
tinha 3 anos foi até a TV Cultura. Em pleno programa no "ar" o prof
Poropopó soltou...temos aqui uma Jauense, terra de João R de Barros e é
claro desse professor...
Na vida e para a família, Chiquinho sempre foi carinhoso" (Beto Bagaiolo, jauense e primo de Chiquinho Brandão)
O
meu primo Zé Cássio e as primas organizaram um super passeio para o
teatro da TV Cultura (não me recordo o nome) com o objetivo de assistir
a gravação do Bambalalão.
Abaixo uma foto comigo do lado direito e vários primos da família Galvão.
"Se
estou certo esta foto foi feita quando entrevistamos Chiquinho para a
coluna Personagem do Comércio do Jahu. Coisa de 86 ou 87... lembro de
ter levado a criançada comigo " (José Cassio Castanho jornalista). "TV
Cultura. Barra Funda! Era o programa Educativo que batia de frente com o
Show da Xuxa que estava começando na Globo... Professor Parapopó era um
clássico!!!! Época em que setores da sociedade não se rendiam aos
modismos... havia resistência. Não por acaso levamos vocês lá... complementa Zé Cassio.
Acompanhe um pouco da vida desse jauense ilustre...
DE FLAUTISTA DE ELIS A PROFESSOR PARAPOPÓ E ATOR GLOBAL
Logo na adolescência, Chiquinho Brandão mudou para o Rio de Janeiro.
Com
anúncios nos jornais de São Paulo que a trupe de Elis buscava novos
atores, bailarinos, cantores e músicos, Chiquinho começou simplesmente
tocando flauta na turnê Saudade do Brasil de Elis Regina no Teatro Bandeirantes e comandado pelo maestro Cesar Camargo Mariano.
Ingressou no elenco do Bambalalão onde imortalizou o Professor Parapopó
e caiu no gosto das crianças. Bambalalão foi programa referência
infantil. Ganhou prêmio em 1.982 da Associação Paulistas de Críticos de
Arte (APCA) e de 84 a 87 sempre ganhou Melhor Programa Infantil.
Em 1982 fez o filme Noites Paraguais, ano também que fez parte do Grupo Ornitorrinco
de Teatro criado por Cacá Rosset, Maria Alice Vergueiro e Luiz Galizia.
O Ornitorrinco participou de vários festivais internacionais de Teatro.
Chiquinho ficou até 1.984 no grupo teatral.
Chiquinho em Gramado |
Em 1985, participa da produção de cinema nacional Marvada Carne. O filme teve estrondoso sucesso e premiado com 11 prêmios no Festival de Gramado.
No ano seguinte, participou do longa brasileiro A Cidade Oculta juntamente com Carla Camurati, Arrigo Barnabé, Claudio Mamberti e Jô Soares. Em 1.987 protagoniza Anjos da Noite, filme de Wilson Barros. No mesmo ano, faz participação da novela Helena da extinta Rede Manchete
Anjos da Noite |
Mas seu grande momento no teatro foi em 1.988 com a peça Amigo da Onça
de Chico Caruso e sob a direção de Paulo Betti. Chiquinho dividia a
cena com Sergio Mamberti. No mesmo ano estreou na Rede Globo na novela Bebê a Bordo de Carlos Lombardi como Joca.
Amigo da Onça |
Em 1.989 faz participação em outro longa - Lua Cheia e faz parte do sucesso global Top Model.
Chiquinho vive o bandido Paulo Grilo que persegue a novela inteira o
protagonista Taumaturgo Ferreira e faz um par inesquecível com a Big
Loyra da Maria Gladys. Aliás, a novela será reprisada a partir de 15 de
dezembro no Canal Viva da Sky.
Top Model |
A partir do Top Model, Chiquinho Brandão cai no gosto dos autores de mini-series da Globo.
Em 1.990, na mini-série Riacho Doce, fez Pedro, marido ciumento de Valéria Alencar que era apaixonada por Nô, protagonista vivido por Carlos Alberto Ricelli.
No mesmo ano, Chiquinho protagonizou o filme Beijo 2348/72
e ganhou prêmio de melhor ator no Festival de Brasília. O longa é
dirigido por Walter Rogério e além do jauense, tem no seu elenco Maitê
Proença, Fernanda Torres, Antonio Fagundes, Ary Fontoura, Sérgio
Mamberti, Miguel Falabella, entre outros. O filme conta a história de um
operário vivido por Chiquinho Brandão que é flagrado dando um beijo em
uma colega durante o expediente de trabalho e que é despedido por justa
causa.
Em 1.991, Chiquinho começa a viver o Chico Bagre na mini-série Sorriso do Lagarto
mas não completa a gravação até o final. Chiquinho Brandão sofre um
acidente fatal na Lagoa Rodrigo de Freitas. O jauense falece no auge da
carreira no dia 04 de junho deste ano.
Sorriso do Lagarto |
Hoje no Teatro Casa da Gávea (Rio de Janeiro) há uma sala em sua homenagem, a "Sala Chiquinho Brandão"
CASA DA GÁVEA
A Casa da Gávea é administrada em sociedade pelos atores Paulo Betti, Cristina Pereira e originalmente, também faziam parte da sociedade Eliane Giardini e Antonio Grassi. Seus
objetivos são "o estudo, debate e divulgação das mais variadas formas
de arte e cultura e para a produção de espetáculos teatrais, filmes,
vídeos, edições de livros, programas de rádio, exposições e shows
musicais.
Desde
a sua fundação, a Casa oferece cursos livres de Interpretação Teatral,
Roteiro para Cinema e TV, Expressão Corporal e outros. No "Ciclo de
Leituras" de textos teatrais, que ocorre às segundas-feiras, com entrada
franca, já foram lidas 650 peças e montadas mais de 100.
Com
a proposta de ser um "centro de convivência artística", a Casa conta
com biblioteca, estúdio de som, ilhas de edição de vídeo, roteiroteca,
videoteca e banco de textos teatrais, além de um espaço para
representações experimentais, com capacidade para 80 pessoas, a Sala
Chiquinho Brandão.
VÍDEOS DE CHIQUINHO
- HOMENAGEM
- DEPILADOR WALITA - COMERCIAL
- BAMBALALÃO
- RIACHO DOCE
- BEIJO 2348/72
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